Na tentativa de iniciar a votação da reforma da Previdência nesta terça-feira (09/07), o governo federal aprovou medidas para afagar a bancada ruralista e impulsionou o envio de recursos às bases eleitorais de deputados.
O Executivo acelerou a liberação de emendas orçamentárias e ofereceu um lote extra aos congressistas. Já foram prometidos ao menos R$ 5,6 bilhões a deputados.
Ainda assim, os partidos ampliaram a lista de exigências, atrasando o início da votação da reforma no plenário.
De acordo com levantamento do gabinete do líder da oposição, Alessandro Molon (PSB), o governo liberou quase R$ 1 bilhão na véspera da votação, um total de R$ 2,6 bilhões nos seus primeiros dias úteis de julho.
Embora tenha adotado na campanha o discurso de que colocaria fim ao toma lá da cá na relação com o Congresso, o governo ofereceu a cada parlamentar fiel um lote extra de R$ 20 milhões de emendas (em um total de mais de R$ 3 bilhões), que é o direcionamento de verbas do Orçamento para o reduto eleitoral dos políticos.
No Twitter, Bolsonaro justificou a liberação de mendas: “Por conta do orçamento impositivo, o governo é obrigado a liberar anualmente recursos previstos no orçamento da União aos parlamentares e a aplicação destas emendas é indicada pelos mesmos. Estamos apenas cumprindo o que a lei determina e nada mais. BOA NOITE A TODOS!”
A Câmara encerrou os trabalhos nas primeiras horas desta quarta-feira (10/07) e deve iniciar a votação e,m primeiro turno por volta das 10h da manhã.