Catorze pessoas foram presas nesta segunda-feira (14) na Operação Tarja Preta, que identificou uma quadrilha que cumpre crimes de tráfico e homicídios a mando de presidiários com acesso a telefones celulares. Os presos também enviavam para dentro das unidades prisionais remédios com tarja preta, o que dá nome à ação, por meio de ajuda de um agente penitenciário, que também foi preso.
Segundo titular da delegacia de Maracanaú, Vicente de Alencar, os presos também realizavam vários golpes por celular em que pediam depósitos de dinheiro em troca de uma falsa premiação.
“Nós identificamos várias pessoas organizadas criminalmente, não só pra praticar, mas para receber o material através daqueles meliantes que estavam presos e de vítimas de vários locais do país: São Paulo, Minas Gerais… que efetuavam depósito naquele conto do vigário, de que a pessoa tinha ganho, havia sido sorteada”, explica o delegado.
Com o grupo foram apreendidos R$ 10 mil, drogas e materiais para a confecção de drogas.
Ordem de homicídios
Além dos golpes, os presidiários ordenavam homicídios, conforme o delegado responsável pela operação. “Dentro do presídio são ordenados pelos meliantes quem deveria morrer. Então os executores lá fora e praticavam os homicídios.”
A investigação ocorre desde março, quando um agente penitenciário foi preso por facilitar a entrada de material ilícito dentro dos presídios. Ela havia solto por ordem da Justiça e foi preso novamente nesta fase da Operação Tarja Preta.
“Eles comandavam a quem entregar as drogas, a quem receber, os valores, tudo isso foi se aglomerando no inquérito e em junho nós começamos a operacionalizar realmente e de fato fazendo apreensões de vários medicamentos tarja preta”, explica Alencar.
(G1)