Ciro(PDT) errou ao disparar gratuitamente contra Tasso(PSDB). O senador nunca disse publicamente que vai ser candidato a cargo algum nas próximas eleições. Ciro como presidenciável deve voltar seu olhar para o macro e confiar a condução do processo eleitoral nas mãos do seu irmão, Cid Gomes, que já demonstrou habilidade e equilíbrio para o desenvolvimento da política cearense.
Tasso, por outro lado, faz o jogo da oposição para pressionar Eunício(PMDB) a tomar uma decisão e sair de cima do muro. Em suma, a reunião de oposição tinha um endereço certo, dizer para Eunício, que ele deve disputar o Governo do Estado e salvar as candidaturas proporcionais nas esferas Estadual e Federal. Esqueceram apenas que Eunício também procura uma alternativa para se salvar. Ele mais do que ninguém sabe como andam as articulações em nível nacional, tanto no campo político, quanto no campo jurídico.
Tasso mesmo sendo um grande Senador, tem uma missão indigesta, formar um palanque no Estado do PSDB e tentar empurrar goela abaixo os dois nomes da sigla que postulam o cargo. O almofadinha do Dória, caso seja ele, ou o picolé de chuchu do Geraldo Alckmin. Ambos sem nenhum histórico de compromisso com o Ceará e o nordeste.
Eunício sabe que uma vaga para o Senado deve ser de Cid Gomes (PDT), a outra deve ser dele, dependendo do poder do contexto. Um passo errado, custará seu mandato, principalmente se Beto Studart que deverá se filiar ao PSC e Capitão Wagner(PR) também resolverem entrar no páreo. Eunício ficaria entre a cruz e a espada.
Caso Tasso, realmente defina ser candidato, fato que não acredito, devido a falta de motivação pessoal em ocupar um cargo, que já ocupou por três vezes e defende publicamente novas lideranças no cenário político estadual, seria um contra senso da sua parte. Neste contexto, Tasso candidato, Eunício formaria a dupla para o Senado com Capitão Wagner, possivelmente Camilo (PT) lançaria Cid e Beto Studart. Portanto, Capitão e Beto, seriam novos nomes disputando uma vaga, num cenário onde os atuais congressistas estão maculados pelas ações e comportamentos dos paramentares do atual Congresso Nacional.
Ciro, Tasso e Eunício estão num cenário político que não existe mocinhos, eles só precisam entender que o Estado hoje é maior que os partidos e as lideranças políticas. Prudência e caldo de galinha, não faz mal a ninguém. Quem der um passo em falso, pode colocar a caçada no mato.