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Ceará Notícias > Blog > Destaques > Pais protegem melhor fora de casa quando são fonte de confiança para os filhos
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Pais protegem melhor fora de casa quando são fonte de confiança para os filhos

Ultima atualização: 01/09/2025 6:45 PM
Redação
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7 Min. de Leitura
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Deixar de supervisionar uma criança na rua, ou mesmo no condomínio, é abrir mão de um papel de mediador. Esperar que ela tenha um comportamento de se proteger sozinha diante de riscos pode ser também uma forma de “adultização”, dizem especialistas.

No caso dos adolescentes, que estão em processo de construção de culturas próprias e de autonomias, a mediação é menor, mas ainda assim, deve ser realizada, principalmente através do diálogo.

Mostrar-se aberto para dúvidas para acolhimento e ajudá-los a nomear os problemas que estão enfrentando torna-se essencial para a sua segurança, especialmente quando se trata das vivências que o menor de idade tem fora de casa.

Isso faz com que a criança se sinta livre para conversar, diz a psicóloga Elisa Altafim, doutora na área de saúde mental e membro do NCPI (Núcleo Ciência pela Infância). “Quando a criança sentir confiança nos seus cuidadores, vai conversar sobre as situações que muitas vezes geram, inclusive, incômodo.”

A conversa como guia é a principal forma de construir a confiança na família, afirma Juliana Prates, professora de Psicologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e doutora em estudos da criança.

“O diálogo é fundamental porque o filho pode e vai transgredir regras. E ele precisa entender que a família é seu principal aliado, e os pais não podem ser vistos como inimigos. O adolescente tem que ter certeza de que se tiver um problema, a primeira pessoa que ele vai ligar é a família. É uma estratégia de segurança absolutamente inegociável”, afirma.

Isso não quer dizer que o filho não deve ser repreendido. Pelo contrário, precisa entender que haverá consequências, mesmo que protegido, acolhido e escutado.

“Não conseguiu cumprir aquilo que a gente combinou, então deixa de ter o privilégio que antes tinha. ‘Não soube usar o celular, vai perder o celular. Podia sair com os amigos, mas está descumprindo as regras que a gente combinou, não pode mais sair com os amigos.’ Então, as ações têm consequências e os pais são aqueles que vão demonstrar quais são as consequências imediatas”, acrescenta.

Práticas violentas como gritos e palmadas, no entanto, não devem existir, mesmo porque geram medo e coíbem a confiança. A exposição à violência é também uma forma de “adultização”, ou seja, a antecipação de fases de vida, expondo-as a situações que ela ainda não tem maturidade para lidar, diz Altafim.

Por isso, os pais precisam contar também com um apoio coletivo, o que vem da ideia de que é preciso uma comunidade para cuidar uma criança. Isso também perpassa pela lógica de que a criança é uma cidadã e, por isso, tem o direito da vivência no espaço público.

Nesse sentido, é também promover o comportamento adulto esperar que uma criança não usufrua do espaço. “Quando, por exemplo, em condomínios, não é oferecido um espaço para a criança brincar. O que a gente espera é que a criança não faça barulho, não corra. O brincar vira um incômodo. Mas também na rua, em praças e parques”, afirma Altafim.

É possível, portanto, de forma colaborativa, construir espaços seguros, em que a criança é cuidada por todos a sua volta, acrescenta Prates.

“A gente precisa construir essa aldeia segura que protege crianças e adolescentes que não são nossas. Não adultizar as crianças implica entender que elas precisam ser cuidadas. A gente precisa garantir um tripé de direitos, que a gente chama de provisão, participação e proteção. Então isso significa que um espaço para as crianças e adolescentes precisa ser construído por todos em volta”, diz.

Isso significa que, quando a criança começa a descer sozinha para brincar no playground, cada condomínio deve ter as suas regras, pelas quais, por exemplo, uma criança não deve andar sozinha no elevador. Ela lembra-se do caso do menino Miguel que, aos 5 anos, que morreu após cair do 9º andar de um prédio residencial no centro do Recife.

O cuidado passa também por questões de raça e gênero, uma vez que crianças negras e meninas tendem a ser “adultizadas” mais precocemente, afirma Prates. “Eu posso garantir que meu filho não vai ver pornografia? Não, mas eu tenho que ter diálogo. Então, à medida que meu filho vai crescendo, eu vou instrumentalizando ele para analisar esse conteúdo de forma crítica”, exemplifica.

A autonomia deve ser ensinada aos poucos, com ensaios acompanhados, e informar as crianças sobre aquilo que ultrapassa seus próprios limites e viola seus direitos é fundamental.

Ela reforça que a melhor forma de lidar com o mundo é a mediada. “Os riscos são inerentes à vida em sociedade. O que garante que a família continue com o limite de proteção é ser compreendida pelos filhos como principal fonte de proteção”, acrescenta.

Em condomínios e ruas, essa presença é o que transforma o brincar em experiência de desenvolvimento e não de risco, diz Altafim.

Dicas para pais em condomínios e ruas

  • Acompanhe as brincadeiras, permitindo autonomia compatível com a idade, mas sempre mantendo atenção
  • Incentive jogos tradicionais (pega-pega, corda, bola, elástico), que ensinam cooperação e negociação
  • Oriente a resolver conflitos de forma respeitosa e intervenha quando houver risco de violência física ou exclusão
  • Converse com outros pais e moradores para alinhar regras de convivência
  • Estabeleça um grupo de confiança para supervisionar em conjunto
  • Explique que se alguém oferecer bebida, drogas ou pedir segredo, isso não é seguro. Oriente a procurar imediatamente você ou outro adulto de confiança
  • Diga sempre: “se algo te deixar desconfortável, pode me contar sem medo”
  • Reforce que a criança não será punida por pedir ajuda
  • Converse nas assembleias de condomínio sobre a importância do brincar para o desenvolvimento infantil
  • Reserve áreas seguras para as crianças: quadras, parquinhos, jardins, e organize o uso de forma que favoreça a convivência
  • Defenda horários e locais que garantam que as crianças possam brincar sem atrapalhar nem serem reprimidas/Folha SP

(Foto: Reprodução)

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