Operação adequada do Centro Olímpico é prioridade para Jeová Mota

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Eleito deputado estadual pelo Pros, ano passado, com com 48.700 votos, o ex-prefeito de Tamboril, Jeová Mota, assumiu a missão do governador Camilo Santana de comandar a Secretaria do Esporte do Estado após a saída do ex-secretário David Durand (PRB), que permaneceu pouco mais de um mês no cargo. Há cerca de 45 dias na função, Jeová Mota diz que a prioridade, no momento, é colocar o Centro de Formação Olímpica (CFO) para funcionar em junho. Nesta entrevista exclusiva ao O POVO, ele fala dos desafios à frente da pasta, do retorno das atividades das Vilas Olímpicas e dos poucos recursos para fazer movimentar o esporte, que deve ser mais interiorizado na atual gestão.

 

O POVO – Quais foram as primeiras medidas tomadas quando assumiu a Secretaria do Esporte do Estado no último dia 14 de março?

Jeová Mota – A primeira missão foi a reintegração do Castelão para o âmbito da Secretaria de Esporte. No governo passado, ele era gerenciado pela Sege (extinta Secretaria Especial de Grandes Eventos). Também precisamos regularizar os pagamentos do CFO (Centro de Formação Olímpica), que ainda está com as obras em fase de conclusão. Pelo cronograma, no final de junho é para estarem prontas e aí sim poderemos entregar este importante instrumento
à população.
OP – Como será o modelo de gestão do novo CFO?

JM – Nós já estamos concluindo o modelo de uma OS (Organização Social) com o aval do governador Camilo Santana. Vamos decidir o modelo de gestão e também qual será o custeio. O ex-governador Cid Gomes fez uma negociação com o Bradesco quanto ao pagamento da folha dos servidores e assegurou um aporte inicial de custeio para o CFO de R$ 9 milhões. Mas ainda vamos buscar mais parceiros. Queremos que o CFO seja um local de pré-temporada para as Olimpíadas de 2016. Já recebemos, inclusive, uma comitiva do Japão para avaliar nossas instalações.

OP – Como fica o acompanhamento da administração da Arena Castelão pela Luarenas?

JM – Chamamos os clubes, Federação Cearense e torcida para conversar. O objetivo era avaliar o uso do Castelão durante os jogos. Agora vamos montar uma comissão de acompanhamento para corrigir os problemas que venham a acontecer a cada jogo. Além disso, conseguimos uma abertura de diálogo com o Evandro Leitão (presidente do Ceará) e o consórcio (Luarenas). Assim, Ceará e Fortaleza estão nos últimos detalhes para fechar um contrato de exclusividade até 2018 para o uso do estádio.

OP – Como garantir mais apoio ao esporte no Interior diante do corte de gastos já anunciados pelo Governo Estadual?

JM – Tudo é questão de gestão. Eu tenho experiência como prefeito. Já tomei pé de todos os projetos em andamento na secretaria. Precisamos dar apoio ao esporte na Capital e no Interior. Queremos promover Copas que venham a beneficiar todas as regiões do Estado. O orçamento não é muito grande e teremos desafios. Temos de saber ajustar os recursos para que os projetos saiam do papel.
OP – As denúncias de irregularidades envolvendo convênios da Secretaria do Esporte na gestão passada foram alvo de auditoria. Quando esses resultados serão apresentados?

JM – Os pareceres estão sendo elaborados. Se houve algum dano aos cofres do Estado, as medidas cabíveis serão tomadas. Dei um prazo de 30 dias para que o Departamento Jurídico e Contábil da Secretaria me dê uma resposta do que foi tudo apurado.

OP – Como fica a relação com as federações amadoras? Sempre há reclamação de falta de recursos…

JM – As federações amadoras são muito importantes para que os projetos da Secretaria sejam executadas. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) já está dando o pontapé inicial com os Jogos Escolares Brasileiros em setembro aqui no CFO. As federações terão participação direta nisso. Queremos ouvir todos os representantes das federações para que eles contribuam com os projetos. As reuniões serão constantes. As portas aqui estão abertas. Em maio, já deveremos fazer a primeira discussão.

OP- As Vilas Olímpicas, mantidas pelo Estado, estão com as atividades paradas e com problemas de degradação na estrutura. Há prazo para que elas voltem a funcionar?

JM – Um relatório de como estão as Vilas já foi elaborado pela Secretaria. Já está nas minhas mãos. Na próxima terça-feira, vou fazer uma nova visita aos equipamentos para providenciar as melhorias. Os reparos serão feitos. Já está pronta uma licitação para a contratação de pessoal para que elas voltem a funcionar. São quatro na Capital e uma na cidade de São Benedito. Acho importante a integração do esporte com a educação.

Fonte: O povo

 

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