A Lava Toga criou um racha entre bolsonaristas e PSL. O guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho radicalizou em seu discurso, apelando ao apoio incondicional à pessoa do presidente, e não mais a pautas como o combate à corrupção, foi visto como um aceno ao núcleo mais duro do bolsonarismo e, um estímulo ao expurgo dos outros grupos que os cercam.
Olavo de Carvalho postou vídeo no fim de semana no qual condena o debate sobre a CPI da Lava Toga. “Vamos combater a corrupção? Não! Vamos combater o comunismo primeiro, seus idiotas. (…) O problema do Brasil não é a corrupção, é o Foro de São Paulo”, ele diz.
Carvalho afirma que Bolsonaro precisa de uma militância que seja só dele, e não de pautas. A pregação foi seguida por Eduardo Bolsonaro (PSL) e assustou integrantes do PSL que viram na fala “um culto personalista, que vai levar o presidente ao isolamento, afastando os que têm qualquer racionalidade”.
Aliados de Bolsonaro dizem que ele se ressente dos que ajudou a eleger “e hoje só atrapalham”. A situação de Major Olímpio (PSL) já era ruim, mas agora beira o insustentável. O ataque dele a Flávio Bolsonaro, em O Estado de S. Paulo, foi interpretado como sinal de que Olímpio quer cavar uma saída da sigla, tentando levar outros consigo.