O ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) comentou a discussão com manifestantes na madrugada da última quinta-feira, 17. De acordo com Cid, ele voltava de uma reunião, em Itapipoca, a 147,3 km de Fortaleza, quando encontrou o grupo de pessoas que protestava do lado de fora do Palácio da Abolição.
“Eu poderia estar em casa descansando, mas tenho no sangue essa disposiçao de militar”, contou. “Quando cheguei na (avenida) Barão de Studart vi que tinha carros parados. Fiquei parado, quieto, nem buzinei. Fiquei lá 10, 15 minutos e vi que tinha uma manifestação”. Os veículos estavam bloqueando a via.
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Ainda segundo Cid, cerca de 50 pessoas se aproximaram quando perceberam que estava no local. “Saí serenamente, não falei nada, só me dirigi à minha casa. Nesse momento penso que fui vítima de agressão. Agressão verbal”, relatou. “Depois quis conversar. A partir daí fui respeitado. As pessoas ouviram e até concordaram com os meus argumentos”.
O debate foi caloroso. “O que vocês querem?”, perguntou o Ferreira Gomes ao grupo. “Queremos o Lula na cadeia e Dilma fora”, diz um deles. Em outro momento, ele pergunta se os manifestantes sabem quem iria para o lugar de Dilma e uma das pessoas responde: “o Ciro, teu irmão”.
Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República em 2018, também entrou na discussão ao chegar a residência de Cid. Exaltado e reclamando invasão de privacidade, Ciro falou em fascimo e disse que os manifestantes, em plena madrugada, estavam tentando constranger seu irmão.