Tasso defende que a maior motivação das prévias é sair da polarização e do clima de ódio predominante no país. O senador considera inadmissíveis as declarações do presidente Jair Bolsonaro contestando a legitimidade das eleições, e ameaçando a realização do pleito. Contudo, acredita que Bolsonaro marcha rumo ao isolamento político, e que seu tom de radicalização começou a perder aderência.
Em relação as prévias do PSDB, o senador diz que não basta vencê-las, uma vez que, caso outras siglas tenham candidatos; um do PSDB, um do MDB, um do DEM, um do PSD, nenhum deles vai chegar lá.
Na entrevista, ao citar o presidenciável Ciro Gomes, Tasso pondera que o pedetista “não é um homem de esquerda e muito menos de extremos. “Adoraria que ele fizesse parte dessa visão de um grupo mais de centro, que tenha algum tipo de compromisso entre nós, para que essas posições radicais desapareçam do nosso cenário politico”, enfatizou o tucano.
Quanto aos discursos radicais e autoritários do presidente Bolsonaro, Tasso diz que hoje se preocupa menos com isso agora. “Apesar do discurso estar mais radicalizado, percebo que ele está ficando cada vez mais isolado. No início, as pessoas viam um presidente moralista. Hoje veem um autoritário, cheio de problemas, desde uma péssima administração, até casos de corrupção, pontua Tasso.
O senador tucano ressaltou ainda que essa é a terceira vez que discute um impeachment em sua vida política. Para ele, fica evidente que o sistema não está funcionando. “Tem que ter um pacto de não reeleição, seria muito bom que o próximo presidente tivesse o compromisso de não reeleição para poder liderar discussões como essas,” enfatiza o senador, se comprometendo em tentar levar essa visão para dentro do PSDB.
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