O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB-CE) em entrevista ao CETV 2ª Edição, da TV Verdes Mares, disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mesmo antes de sua instalação já produziu efeitos práticos na vida do País.
De acordo com o senador a pressão dada no Governo Federal com o anuncio da CPI já produziu algumas mudanças na gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia.
“Só a ameaça da CPI fez com que o presidente modificasse dois ministérios básicos que estavam atrapalhando enormemente o combate à pandemia, que eram o ministro (Eduardo) Pazuello, do Ministério da Saúde, um dos grandes responsáveis pela tragédia de Manaus, e o ministro das Relações Exteriores (Ernesto Araújo)”, citou Tasso.
O ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi o quarto a ocupar a pasta na gestão de Bolsonaro e saiu do cargo em março, no mesmo período em que Ernesto Araújo ministro das Relações Exteriores também deixou o comando do ministério. Na avaliação do senador, o chanceler “brigou, criou atritos simplesmente com os dois países mais importantes na obtenção de vacinas e tecnologia neste momento, que são a China e os Estados Unidos”.
Tasso disse ainda que a CPI deve centrar nos problemas da aquisição de vacinas e a indicação de medicações sem eficácia comprovada contra a Covid.
EM TEMPO
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cotado para assumir a vice-presidência da CPI da Covid, informou nesta quinta-feira (22/04) que pretende convocar o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, para ser ouvido na comissão tão logo os trabalhos sejam iniciados, focando neste primeiro momento nos erros produzidos em relação a aquisição de vacinas para o País.