A oito meses do início das campanhas municipais, empresários e investidores entusiastas da deputada Tabata Amaral, pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, já mostram o quão dispostos estão a contribuir para a empreitada eleitoral da jovem parlamentar.
Entre novembro e dezembro, após jantares em que Tabata passou o chapéu a contribuições dos convivas, nomes importantes do mercado fizeram doações aos cofres do PSB, que somam R$ 1,3 milhão. Os custos de uma pré-campanha são altos, e o dinheiro do fundo especial para financiamento de campanhas só é depositado pelo Tribunal Superior Eleitoral na contas dos partidos entre agosto e setembro do ano eleitoral.
O fundador da Natura, Guilherme Leal, e o ex-CEO do Itaú, Cândido Bracher, colocaram R$ 300 mil cada um no PSB. Marcos Lederman, da JointVest, doou R$ 250 mil. Armínio Fraga, da Gávea Investimentos, Luís Stuhlberger, da Verde Asset, e Marcelo Medeiros, fundador da Lanx Capital e da Cambuhy Investimentos, contribuíram com R$ 100 mil cada.
Fundador da Constellation Investimentos, Florian Bartunek injetou R$ 80 mil no partido de Tabata. Já Roberto Pedote, presidente do Conselho Deliberativo da WWF Brasil, e o ex-presidente do Banco Central e do BNDES Persio Arida doaram R$ 50 mil cada.
Em 2022, Leal, Bracher, Lederman, Armínio, Medeiros, Bartunek e Pedote fizeram, juntos, doações que somaram pouco mais de R$ 576 mil à campanha de Tabata Amaral, que tem ampliado suas relações na Faria Lima.
As prestações de contas dos partidos ao TSE mostram que não houve, ao menos até o momento, o mesmo movimento de doações às siglas dos principais adversários de Tabata Amaral na corrida paulistana: o atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB, e os deputados federais Guilherme Boulos, do PSol, e Ricardo Salles, do PL./Metrópoles
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