A atriz Carla Diaz aceitou o desafio de interpretar uma personagem que levará muita gente aos cinemas, mas, também, que poderá antipatizá-la junto ao público. Se isso ocorrer, o problema não é Carla, porque ela é simpática e cativante. O nó da questão é a personagem que, se atiça a curiosidade, ao mesmo tempo não é nada bem vista. E nem poderia ser. Trata-se de Suzane von Richthofen que, em 2002, quando tinha 19 anos, assassinou os pais, juntamente com o namorado (Daniel Cravinhos) e o irmão dele (Christian).
Como recebeu o convite para esse papel?
Estou consciente que é uma grande responsabilidade contar essa história que deixou todos nós intrigados e estarrecidos. Foi um crime tão bárbaro que sempre será lembrado. Tenho curiosidade sobre o que se passou na cabeça de Suzane para ela fazer o que fez.
Irá encontrá-la pessoalmente?
Artisticamente falando, se fosse na época do crime, o encontro talvez se justificasse. Hoje, não mais. Ela não tem ligação com a produção como muitas pessoas equivocadamente pensam.
Você teme ficar estigmatizada?
Não. Como atriz tenho de estar preparada para qualquer tipo de personagem. Como o filme é baseado numa história real, o público saberá diferenciar a ficção da realidade. / ISTOÉ