Sem espaço para o senado, Mayra Pinheiro deve buscar uma vaga na Câmara Federal

2 Min. de Leitura

Mayra Pinheiro secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), alternou bons e maus momentos na CPI da Covid-19, manteve a calma no depoimento, respondeu aos questionamentos com segurança, não fugiu as perguntas sobre Manaus, embora pudesse ficar calada por amparo do STF e ficou sem argumentos em determinados momentos.

O Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse para Mayra que apostar em um medicamento sem comprovação é “uma loteria macabra”. O senador ainda questionou Mayra sobre sua defesa a cloroquina. “A senhora mencionou, uma dúzia de vezes, estudos em sua fala aqui e já são horas de fala. A senhora não indicou um só detalhadamente. Trazer carrinho cheio de papel não impressiona ninguém que sabe ler. Não é assim que funciona”, destacou Alessandro Vieira.

Em outro momento de desconforto para a médica cearense, o senador Otto Alencar (PSD-BA) perguntou para Mayra Pinheiro quais estudos indicam uso da cloroquina para tratamento de covid-19. Ele citou estudos do infectologista Roberto Badaró sobre a ineficácia da cloroquina para combater o coronavírus, e a “senhora não é infectologista”, ressaltou Alencar.

Na continuidade da fala, o senador Otto Alencar que também é médico ponderou: “a cloroquina é um antiparasitário. Não existe nenhuma medicação que possa evitar a contaminação pelo vírus”, afirmou o senador, que perguntou para Mayra se existe alguma medicação para evitar sarampo, paralisia infantil, varíola, H1N1. A secretária respondeu que não, só vacina.

Interlocutores próximos a Mayra defendem que ela foi muito bem em seu depoimento, outros acreditam que ela deixou a desejar. O fato da simples presença de Mayra na CPI da Covid já não é ponto positivo para sua imagem política. Com a penas uma vaga para o Senado, no Ceará, com o governador Camilo sinalizando que vai disputar essa vaga, Mayra deve buscar abrigo e segurança na Câmara Federal em 2022.

Compartilhar Notícia