O Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse para Mayra que apostar em um medicamento sem comprovação é “uma loteria macabra”. O senador ainda questionou Mayra sobre sua defesa a cloroquina. “A senhora mencionou, uma dúzia de vezes, estudos em sua fala aqui e já são horas de fala. A senhora não indicou um só detalhadamente. Trazer carrinho cheio de papel não impressiona ninguém que sabe ler. Não é assim que funciona”, destacou Alessandro Vieira.
Em outro momento de desconforto para a médica cearense, o senador Otto Alencar (PSD-BA) perguntou para Mayra Pinheiro quais estudos indicam uso da cloroquina para tratamento de covid-19. Ele citou estudos do infectologista Roberto Badaró sobre a ineficácia da cloroquina para combater o coronavírus, e a “senhora não é infectologista”, ressaltou Alencar.
Na continuidade da fala, o senador Otto Alencar que também é médico ponderou: “a cloroquina é um antiparasitário. Não existe nenhuma medicação que possa evitar a contaminação pelo vírus”, afirmou o senador, que perguntou para Mayra se existe alguma medicação para evitar sarampo, paralisia infantil, varíola, H1N1. A secretária respondeu que não, só vacina.
Interlocutores próximos a Mayra defendem que ela foi muito bem em seu depoimento, outros acreditam que ela deixou a desejar. O fato da simples presença de Mayra na CPI da Covid já não é ponto positivo para sua imagem política. Com a penas uma vaga para o Senado, no Ceará, com o governador Camilo sinalizando que vai disputar essa vaga, Mayra deve buscar abrigo e segurança na Câmara Federal em 2022.