De julho de 2024 até o momento, no estado de São Paulo, 26 primatas não humanos foram infectados —Bragança Paulista (1), Campinas (1), Colina (1), Osasco (1), Pedra Bela (1), Pinhalzinho (1) e Ribeirão Preto (20). Há casos da doença em moradores das cidades de Joanópolis (2), Socorro (4) e Tuiuti (1). A SES (Secretaria Estadual da Saúde) não forneceu os números separados por ano de notificação.
Quatro pessoas morreram em São Paulo. Nenhuma era vacinada. Não há informação sobre os municípios onde foram registrados os óbitos.
Os macacos não transmitem a doença, mas são indicativos para a presença do vírus nas regiões. A infecção acontece por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano.
Em 2024, no estado de Minas Gerais, foram sete casos em primatas —Belo Horizonte (1), Bueno Brandão (2), Extrema (1), Ipuiúna (2) e Santa Rita de Caldas (1). Neste ano, foi registrado um primata com confirmação para febre amarela, no município de Toledo. Em humanos, foram confirmados dois casos –em Monte Sião (este evoluiu para óbito) e em Camanducaia. Uma pessoa morreu em Extrema, em 2025.
No ano passado, em Roraima, foi registrado um caso em PNH, no município de Alto Alegre. Dois moradores de uma comunidade indígena na Guiana —vizinho ao estado— também foram infectados. Em 2025, até o momento, não houve casos ou mortes.
Em 2024, no estado de Tocantins, a doença foi confirmada em dois primatas, em Palmas. Em 2025, há dois casos em investigação em Arraias, sendo um em humano e outro em PNH.
Com a proximidade do Carnaval e de outros feriados nacionais, é fundamental que as pessoas que planejam se deslocar para áreas com registro de transmissão de febre amarela ou para áreas rurais e de mata se vacinem com dez dias de antecedência.
Para crianças menores de cinco anos, o imunizante contra a febre amarela é aplicado em duas doses: aos 9 meses e aos 4 anos. A dose zero é aplicada entre 6 e 8 meses de idade apenas em crianças que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus.
Para o restante da população —até 59 anos— a vacina é oferecida em dose única, com validade por toda a vida. Pessoas acima de 60 anos devem passar por uma avaliação médica antes de se vacinarem.
Quem recebeu a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde para revacinação.
Além da vacinação, é recomendada a adoção de medidas de proteção individual, como o uso de calças e camisas de manga longa, sapatos fechados, bem como a aplicação de repelentes nas áreas expostas do corpo. Os vetores do vírus da febre amarela têm hábito diurno. Essas medidas devem ser adotadas durante todo o dia.
Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, é importante buscar atendimento médico e informar sobre a possível exposição a áreas de risco./Folha SP
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