São Paulo vive uma crise de água sem precedentes. Em 2009, alguns especialistas já alertavam que o Sistema Cantareira passaria por problemas de grande magnitude. O relatório apresentava uma série de recomendações. Se as recomendações foram cumpridas, não se sabe. O fato é que o Estado, está sofrendo agora o que os nordestinos sempre sofreram ao longo dos anos.
Não tenho conhecimento de nenhum relatório do gestores dos SAAE, dos prefeitos ou vereadores apresentando recomendações sobre o possível colapso no abastecimento de água de Nova Russas. Se existir algum, teremos o prazer em divulgar nesse espaço. O fato é que o município entrou na maior crise hídrica da história.
Não é nossa intenção buscar culpados, muitos menos nominar pessoas. Todos são conscientes do que fizeram e do que poderiam ter feito ao longo das suas administrações.
Não podemos mudar o passado, mas, podemos planejar ações futuras. Precisamos urgentemente debater o problema hídrico do município. Daqui a dez anos, vinte anos e até mesmo trinta anos. Qual é a previsão da nossa população? Como vamos atender uma demanda que cresce a cada ano?
O Farias de Sousa mesmo cheio, até a tampa, vai resolver nossa situação, ao longo dos anos? Onde construir um novo reservatório? De onde virão os recuros para bancar essa obra futura?
Esse debate também serve para outras áreas, independemente de quem seja situação ou oposição. Se a crise hídrica resgatou a lata dágua, ela também é capaz de resgatar o bem coletivo e a responsabilidade social.
A adutora é apenas uma obra emergencial, não vai resolver em definito o problema da água em Nova Russas.
As águas da adutora já estão chegando em quase todas as casas do município. Chegou no Pantanal, Cohab e Nova Aldeota, os bairros mais altos do lado leste. Nos bairros Jovinão, Tamarindo e Alto da Boa Vista também irá chegar.
É preciso que a população também tenha consciência no uso racional da água. Evitar todas as formas de desperdício. São nas horas mais difíceis que precisamos unir forças para seguir em frente. Sem querer se aproveitar das situações e pensar realmente no bem coletivo.
Em São Paulo havia um relatório de recomendações. Em Nova Russas se existe um documento da mesma natureza, ainda não apareceu. Às vezes é preciso passar por um sofrimento, para extrair um grande aprendizado. Que os próximos candidatos a prefeito de São Paulo e Nova Russas comecem a colocar na pauta e na prática uma ação convincente de como resolver esse problema, ou daqui há vinte, trinta anos, serão seus filhos e netos que reeditarão a mesma lata dágua.