Uma repórter do Ceará relata ter sofrido agressões físicas (puxões pelo braço) e verbais em Ceará x Flamengo, na Arena Castelão. A repórter do Vozão TV, Mari Rios, estava no exercício de suas funções, na noite deste domingo (29), na Arena Castelão, quando o Ceará perdeu para o Flamengo pelo placar de 3 a 0. Ela fez relatos por meio de uma rede social.
– Fui vítima de mais um ato machista e covarde no futebol. Fui agredida fisicamente e verbalmente, por (nem posso dizer que são torcedores) nem sei como definir. Apertar pelo braço, colocar o dedo na cara e xingamentos do mais baixo calão! Sabe o que é pior? Eu tive que me calar! Torcedor, conviva com as derrotas e, mais ainda, respeite nós, mulheres, que trabalhamos com futebol – escreveu no Instagram.
Ainda no domingo, o Ceará publicou uma nota de repúdio ao que ocorreu com a repórter da TV Vozão.
– O Clube se solidariza com a funcionária e coloca à disposição aparato jurídico neste caso. Será feito Boletim de Ocorrência para que seja aberto inquérito sobre o fato. Acreditamos que nenhuma manifestação de torcida pode exceder os limites da civilidade e respeito ao próximo – publicou o clube.
Polêmicas em campo
Recentemente, a contratação do atacante Juninho gerou polêmica entre torcedores e torcedoras do Ceará. A repercussão nas redes sociais foi negativa, mas o Vovô bancou o acerto com o jogador de 19 anos do Sport. As reclamações foram devido ao histórico de problemas extracampo e ao fato de Juninho ter sido indiciado em novembro de 2017 por violência contra uma ex-namorada. Em entrevista à Rádio O POVO/CBN, o presidente do Ceará saiu em defesa do novo reforço alvinegro.
– Podemos recuperar o atleta. É um garoto, um jovem, um menino de 19 anos, deve ter tido uma infância díficil, pobre. Mas quem não cometeu erros que jogue a primeira pedra. Vamos dar uma oportunidade a ele. Invés de fazermos pré-julgamentos, vamos nos colocar no lugar dele. Contratei jogador pra jogar futebol, não foi pra casar com a filha de ninguém – disparou o mandatário alvinegro.
O Clube se solidariza com a funcionária e coloca à disposição aparato jurídico neste caso. Será feito Boletim de Ocorrência para que seja aberto inquérito sobre o fato. Acreditamos que nenhuma manifestação de torcida pode exceder os limites da civilidade e respeito ao próximo.
O Ceará S.C reforça o apoio ao manifesto #DeixaElaTrabalhar e vai se empenhar para que o fato seja apurado e os agressores sejam devidamente punidos. Somos radicalmente contra ações dessa natureza./ ge