Rainhas e musas: quem paga e quem ganha suas fantasias

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Muita gente especula por aí se as rainhas ou musas pagam para desfilar nas escolas de samba, mas pouca gente imagina o preço das fantasias e quem custeia as peças luxuosas. A coluna então decidiu descobrir quem paga o que e quanto.

Vamos começar pelas musas. Quase todas pagam suas fantasias, que, diga-se de passagem, não são baratas. E pior, estão ainda mais caras, por causa da alta do dólar. Uma fantasia de musa, em média, custa R$ 50 mil. De Ludmilla e Mari Antunes (Salgueiro) a Nicole Bahls e Ágatha Moreira (Vila Isabel), passando por Juju Salimeni na Tijuca, quase todas têm que pagar suas fantasias. Só duas escolas dão mordomia: Grande Rio, que produz em seu próprio ateliê com a renomada Michelly X, e a Mocidade, que abriu uma exceção para Anitta, que fará no estilista mais caro do Rio, Henrique Filho.

Agora, a situação mais delicada: a das rainhas. Afinal, rainha é rainha. Mesmo assim, algumas têm que se desdobrar para parecerem luxuosas. Viviane Araújo e Sabrina Sato, por exemplo, não recebem nenhuma ajuda de suas escolas, Salgueiro e Vila. Sabrina vai gastar, por exemplo, R$ 250 mil, juntando as fantasias do Rio e de São Paulo. Guilherme Alves, um dos melhores do Carnaval, faz a da rainha do Salgueiro. Claudia Leitte não gasta nem um centavo com a dela, a Mocidade paga. Cris Vianna também ganha a dela: quem vai fazer a roupa da atriz, neste ano, é a incrível Michelly X. Raíssa, da Beija Flor, ganha da escola, que faz a peça lá no barracão. Paloma Bernardi, da Grande Rio, também não paga. Já Juliana Alves dá o seu ‘jeitinho’. Como o português é pão duro (brincadeirinha), ela faz um jabá em uma loja de artigos carnavalescos, e ganha o material como pagamento.
Patrícia Nery, da Portela, faz o que parece impossível. Ela recicla o material do ano anterior. “Gasto muito pouco, já cheguei a gastar R$ 4 mil, reaproveito tudo”.

Como tudo na São Clemente é da família, a conta da fantasia da rainha é conjunta mesmo! Luana Bandeira, rainha linda da Estácio, também se dá bem e ganha toda a fantasia.

Por  Leo Dias – Jornal O Dia – RJ

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