O prefeito de Tamboril Pedro Calisto participou hoje, 27, do programa Plenário do Povo, que tem como apresentador o radialista Gonçalinho Rodrigues da rádio Rio Acaraú FM, onde admitiu publicamente que errou na contratação de pessoas no início de sua gestão. O número de contratos chega aproximadamente a 600 pessoas.
Pedro disse ao radialista que já teria procurado o Ministério Público para relatar o fato, dado a gravidade da situação, uma vez que os recursos públicos do município, certamente não dariam para honrar compromissos futuros.
Uma das principais bandeiras de campanha de Pedro Calisto e Bibi foi a geração de Emprego e Renda. Ocorre que, ao contratar demasiadamente, sem planejamento, a máquina pública incha, perde a capacidade de investimento e consequentemente vai gerar problemas financeiros, correndo o risco de não cumprir com o pagamento de salário dos efetivos e fornecedores.
Muitos prefeitos inexperientes acreditam que é possível encher a prefeitura de parentes, amigos e aliados sem que haja nenhuma consequência. O fato é que as administrações públicas necessitam cada vez mais de assessorias e consultorias capazes de realizar planejamentos voltados para o equilíbrio da máquina pública.
Um dos piores males de prefeituras engessadas financeiramente, é a perda da capacidade de investimento. Muitas delas delas ficam tão paralisadas que são incapazes de fazer poucos metros de calçamento.
Pedro Calisto, por mais que admita o erro publicamente, ressalte-se uma atitude louvável, não deixa de demonstrar sua falha no campo de planejamento administrativo, onde o maior perdedor é a população de Tamboril, que vinha numa grande onda de desenvolvimento.
O art. 37 da Constituição federal determina que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios devem obedecer os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. bem como em seu inciso II, assevera que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego.
Tamboril já tinha se libertado da política do apadrinhamento político e do clientelismo exagerado. Caso Pedro Calisto continue a insistir nessa linha de ação, vai ter que vir a público outras vezes se desculpar com a população, pelos erros cometidos.