Um prédio no Centro de São Paulo veio a baixo desabou em virtude de incêndio. Ao menos 120 famílias viviam irregularmente no imóvel que desabou. A corporação do Corpo de Bombeiros ressaltou que o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município. O imóvel era uma antiga instalação da Polícia Federal e depois foi ocupado por moradores. Até o momento, ainda há pessoas desaparecidas.
Estão no local aproximadamente 270 bombeiros, policiais e agentes da Defesa Civil, socorrendo às famílias, combatendo o fogo e isolando a área e tentando evitar que os prédios vizinhos também sejam atingidos.
O problema aumentou devido os compartimentos entre os andares serem divididos por madeira, relatam os bombeiros que estão no local.
Segundo o prefeito, Bruno Covas (PSDB), em toda a cidade de São Paulo há pelo menos uma centena de prédios invadidos. Ele reforçou que a prefeitura tenta desestimular as ocupações irregulares.
Covas disse que 71 famílias já foram atendidas pela Secretaria de Assistência Social e 191 pessoas já foram encaminhadas para abrigos. Elas vão receber água e alimentação.Para ele, o trabalho de remoção dos escombros vai levar pelo menos uma semana.
Covas também afirmou que não cabe a prefeitura retirar as pessoas do local. O pedido de reintegração de posse tem que ser feito pelo dono do prédio.
O governador de São Paulo, Márcio França, também esteve no local para acompanhar o trabalho de resgate. França destacou que no quadrilátero, onde aconteceu o incêndio, há 8 prédios. Na cidade de São Paulo, segundo ele, há mais de 150 prédios ocupados indevidamente, mas não há balanço exato da quantidade de pessoas que vivem nos imóveis. Alguns são particulares e o Estado não pode tirar. “É uma briga judicial o tempo todo. O que temos que fazer é convencer as pessoas a não morar desse jeito”, afirmou.
(Com informações, Estadão)