Toda tragédia leva a comoção. Mas poucas nos aproximam tanto, ao ponto de chorar junto, se emocionar e ficar com aquele sentimento de perda.
O que a tragédia dos guerreiros de Chapecó tem de diferente?
Sonhos interrompidos.
Vivemos tempos em que sonhar entrou em decadência. E não custa nada sonhar.
O que torna os grandes campeões diferentes dos seres comuns são os sonhos.
Aqueles jovens atletas resolveram desbravar o mundo em busca de um sonho. Conquistar um título internacional. Tornarem-se conhecidos no mundo inteiro. Chegaram lá, não da forma como desejavam. Mas nem a morte, os impediu de conquistar o sonho do reconhecimento mundial.
Chapecó em Tupi significa “lugar de onde se avista o caminho da plantação“. Esses guerreiros plantaram a semente do sonho possível. Mesmo regada com lágrimas, posteriormente irá florescer e com certeza dará bons frutos.
Reza a lenda que o índio Condá era um grande líder da tribo dos Kaingangs e conseguiu unir colonizadores e tribos indígenas convivendo em harmonia na região de Chapecó. A paz e união tornou-se uma realidade, entre etnias e pensamentos tão diferentes.
O destino parece ter juntado todas as peças num único acontecimento.
Interromper os sonhos dos guerreiros que buscavam desbravar o mundo. Eles tornaram-se símbolos da união entre dois povos, no início entre índios e colonizadores, hoje, entre Chapecó, Bolívia e o mundo. E a paz? Quanto a paz, quem já uniu em suas arquibancadas torcedores do Grêmio e Internacional, não vai ser difícil fazer o mundo do esporte entender, que a vida é mais importante que uma simples partida de futebol!