Em uma tentativa de reaproximação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff fez ontem (1º) uma defesa veemente ao seu antecessor no Palácio do Planalto.
Em jantar com as bancadas do PDT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, a presidente avaliou que todo mundo comete erros e falhas, mas que uma liderança como o petista merece manifestações de solidariedade.
Ela demonstrou preocupação e reconheceu que o seu antecessor tem sofrido um cerco nas investigações da Polícia Federal. Para ela, no entanto, não se pode deixar que a ofensiva contra ele “passe dos limites”.
Em um aceno ao antecessor, que tem ensaiado um distanciamento do Palácio do Planalto, a presidente decidiu nomear para o Ministério da Justiça o promotor baiano Wellington César Lima, que foi indicado pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil), um dos maiores aliados do petista no governo federal.
Desde o ano passado, o ex-presidente vinha defendendo a saída do ministro José Eduardo Cardozo que, para ele, não conseguia controlar a Polícia Federal, que investiga suspeitas contra Lula no rastro da Operação Zelotes.