“Os finalmente” em uma eleição de três turnos para o PT, na disputa pela prefeitura de Fortaleza. Por Reginaldo Silva

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Por Reginaldo Silva- Professor, Radialista e Jornalista

O PT de Fortaleza escolheu a data do dia 21 de abril para definir o nome da pré-candidatura para disputa eleitoral de 2024 na capital cearense. A data é sugestiva e tem um significado. Tiradentes tornou-se um símbolo da República na luta pela liberdade, em contraposição ao então regime monárquico que comandava o Brasil.

Parafraseando Odorico Paraguaçu, “vamos botar de lado os entretanto e partir logo para os finalmente”. É exatamente esse o dilema do PT nesse momento histórico, vários nomes de adversários já estão postos na corrida eleitoral, enquanto o partido ainda patina em uma espécie de “primeiro turno” da eleição municipal de Fortaleza, para escolha interna do nome que deve representar o partido na eleição deste ano.

Nesta semana houve avanços no “primeiro turno” da saga da escolha do nome petista para disputar à prefeitura de Fortaleza. O governador Elmano de Freitas, durante o lançamento de um novo programa de Segurança no estado, ao falar sobre o processo de escolha do nome do PT na disputa na capital cearense, defendeu a realização de encontro municipal para intensificar o debate na definição deste nome.

Por outro lado, o deputado federal José Guimarães, líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, durante encontro da vertente Campo Democrático que faz parte do PT no Ceará, já anunciou o apoio do grupo à pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, à prefeitura de Fortaleza.

Além do nome de Evandro Leitão, ainda seguem no páreo, sem desistências, os nomes; da deputada federal Luizianne Lins, da deputada estadual Larissa Gaspar, do deputado e presidente municipal da legenda Guilherme Sampaio e do assessor especial de Assuntos Municipais do Governo do Ceará, Artur Bruno.

O PT quer chegar a um consenso neste “primeiro turno interno” o quanto antes, para evitar traumas e possíveis rachas, o que não seria nada agradável para o processo.

Enquanto a sigla demora na definição do nome petista, os adversários já olham para o real cenário de “segundo turno”. Sarto e Wagner já flertam olhando para esse futuro, as duas pré-candidaturas de centro, uma mais voltada para a esquerda, no caso do PDT e a outra mais para direita, a do União Brasil, ambas já elegeram o nome da esquerda como o principal adversário, seja qual for o escolhido ou escolhida da agremiação petista.

Em uma eleição de “três turnos” para o PT, levando-se em conta esse turno interno, a legenda precisa correr contra o tempo na definição do nome, evitando qualquer tipo de sequela no processo, pois, os adversários, já estão com seus times definidos e acreditando que esse jogo será mesmo decidido em segundo turno. Não será uma eleição fácil para nenhum dos blocos, sejam eles; de esquerda, de direita ou de centro- (esquerda e direita).

O eleitor não liga muito para essas definições, mas ele precisa saber dos nomes que estarão na disputa, para começar a fazer suas escolhas, primeiro decidir em quem não votar e depois, em quem poderá votar. O que interessa para ele, é só “os finalmente”.

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