Jair Bolsonaro (PSL), foi o segundo entrevistado pelo Jornal Nacional, na noite desta terça-feira (28/08), na série com os candidatos ao Palácio do Planalto melhores colocados na última pesquisa Datafolha.
Jair Bolsonaro confrontou a bancada do Jornal Nacional utilizando a estratégia de combate a Rede Globo que encontra um certo desgaste perante a opinião pública. Contudo, todos os candidatos estão enganados quanto ao papel dos jornalistas Willian Bonner e Renata Vasconcelos que tem cumprido seu papel de tentar demonstrar as contradições dos candidatos, enfatizando o que eles falam, em comparação as suas práticas políticas cotidianas.
Foi assim com Ciro Gomes (PDT) no primeiro dia e prosseguiu com Jair Bolsonaro (PSL) no segundo dia de entrevistas ao Jornal Nacional.
Dentre os pontos em destaque da entrevista de Jair Bolsonaro podemos destacar que ficou evidenciado a contradição dele sobre sua pregação da nova política. Por mais que Jair tenha se esforçado em dizer que as pessoas não são obrigadas a votarem em seus filhos, ficou patente a contradição entre o que Jair Bolsonaro prega sobre a nova política e o que ele faz e vem praticando ao longo de sua carreira política.
Jair levou vantagem quando quis mostrar a cartilha o Kit Gay e foi barrado pelos apresentadores. Outro ponto em que Jair Bolsonaro se saiu melhor que a bancada de apresentadores do Jornal Nacional foi quando insistiu e repetiu trecho do editorial do Jornal “O Globo” em que Roberto Marinho assumiu o erro de defender o Golpe Militar.
Todos tem o direito de criticar o Golpe Militar, menos a Globo que foi conivente.
No mais, Jair adotou a estratégia do bate boca com os apresentadores, que mais parecia as entrevista do Faustão, em que o apresentador interrompe o entrevistado a todo momento sem que conclua sua linha de raciocínio, coisa parecida com briga de vizinhos, em que todos falam ao mesmo tempo e ninguém entende nada. Para quem esperava que Bolsonaro foi trucidado pela Globo, vai ter que esperar um novo debate.
Nesta quarta-feira (29/08) será a vez de Geraldo Alckimin.
(Reginaldo Silva, Ceará Notícias)