Nova Russas: porque defender a causa da CDL do IPTU e dos Alvarás. Por Reginaldo Silva

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Leonel Brizola foi o único político brasileiro que governou dois estados da federação, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Brizola dizia que agente conhece os parentes na hora da divisão da herança.

A segunda Audiência Pública realizada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Russas terminou com a tradicional empurrada de barriga por parte do governo. Foi remarcada uma nova data para que a Comissão volte a se reunir e buscar uma solução definitiva para o problema.

Na entrevista dada as emissoras locais pelos membros da CDL, Paulo Magalhães, deixou claro que após a primeira Audiência Pública, a Comissão se reuniu uma vez para fazer os devidos encaminhamentos, após essa primeira reunião outras quatro tentativas foram frustradas por falta de quorum.

A prefeitura de Nova Russas tem sacrificado a população com uma alta carga de impostos e oferecido uma prestação de serviços de baixa qualidade. A cobrança da taxa de iluminação pública é altíssima e as redes sociais comprovam o grande número de reclamações de ruas e bairros inteiros em plena escuridão.

O serviço de abastecimento de água teve um aumento de 104,26% no atual governo, as contas dobraram e, nesta última semana, a população vivenciou um caos com a falta de água e às vezes com a chegada de um líquido escuro e barrento.

A CDL defende a aprovação de uma nova lei do Código Tributário que seja menos onerosa para a população e para classe de empresários e comerciantes da cidade.

Muita gente deixa de abraçar uma causa como esta, porque já faz de imediato um juízo de valor, muitas vezes empurrados por comentários de partidários do governo que se trata de uma questão defendida pelos ricos.

Na prática, é exatamente o contrário, os ricos é que estão defendendo os interesse da população. É óbvio que eles também estão defendendo seus interesses, não se pode ser hipócrita, mas toda população da sede paga IPTU. Como Nova Russas é uma cidade com praticamente 80% da população urbana, a grande maioria está sendo prejudicada nas cobranças de IPTU que chegaram a atingir percentuais acima de 800%.

Os empresários e comerciantes da cidade também funcionam como uma espécie de para-choque da prefeitura e da classe política, só que eles ainda não conseguiram enxergar isto.

São os comerciantes e empresários que ajudam a patrocinar o esporte, os blocos de carnaval, as festas de término de curso, eventos culturais e religiosos. Uma alta carga que se fosse jogada somente sobre os ombros da iniciativa pública certamente não aguentaria. Portanto, sobrecarregá-los com esse Código fora da realidade é dá um tiro no próprio pé.

É preciso que alguém diga para o prefeito, talvez o decano da casa legislativa, que atua com uma voz de bom senso, para que o governo não se deixe levar pelas cabeças do secretário de finanças e do chefe dos tributos, dois ex-bancários, que se vislumbram com montantes de dinheiro em caixa, quando na realidade o poder público deve se vislumbrar com a satisfação do bem estar do seu povo.

Está mais do que na hora do prefeito amarrar os sapatos sozinho.

 

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