Sempre fui apaixonado pela frase do Einstein: ” a mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original. Nova Russas tem muitos pensadores que podem contribuir com seu desenvolvimento a longo prazo. Não me refiro ao potencial de transformação de uma, duas ou três gestões administrativas.
Refiro-me a mudança de paradigma de pensamento da população. Gestores, lideranças políticas, lideranças comunitárias, clubes de serviços, associações e a população de modo em geral. Todos podem mudar a forma de pensamento, deixando o lado egoísta e egocêntrico para ajudar a planejar as ações a longo prazo.
Mudança de paradigma é isto. É mudar o modelo de pensamento.
Passamos por uma crise hídrica hoje, porque jamais se pensou na possibilidade de um dia o principal açude que abastece a cidade vir a secar. Nunca se planejou uma forma alternativa de abastecimento.
Não quero jogar pedra em quem deixou de fazer e muito menos pressionar quem quer que seja a solucionar o problema do dia para noite. Mas é preciso comprometimento com as futuras gerações.
O Exercício é simples. Estamos próximos dos 100 anos do município, talvez em 2030, 2050 ou em outro ano qualquer, tenhamos uma população estimada em 40 ou 50 mil habitantes.
Estamos enfrentando um grave problema com 31 mil habitantes, então nada mais justo que comecemos a pensar neste problema agora, não com paliativos, mas, com planejamento a longo prazo. Se temos que planejar a longo prazo, então que façamos o projeto levando em consideração este aumento populacional.
Participei da elaboração do Plano Diretor de Nova Russas que já seguia uma linha de raciocínio parecida. Só que nem os gestores e muito menos a população estavam preparados para pensar a longo prazo. Os tempos mudaram e hoje a maior parte da população tem acesso rápido a informação.
Daí a necessidade de criar um amplo debate. Hoje nós temos a internet, um instrumento fantástico de comunicação, onde qualquer um pode contribuir.
Nova Russas precisa de uma RP (Revolução de Pensamento), para que as próximas gerações não sejam penalizadas como as atuais.