Moro segue sem “carta branca” e em silêncio

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Em oito meses de governo o presidente Jair Bolsonaro vem tirando a chamada ” carta branca” prometida ao ex-juiz da Operação Lava Jato, ministro da Justiça, Sérgio Moro. Na mais recente queda de braço, sobre mudanças nas superintendências da Polícia Federal que já somam onze no total, o presidente foi claro:

“Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico, e não o Sergio Moro. E ponto final”, sentenciou Jair Bolsonaro.

A primeira derrota do ministro ocorreu logo nos primeiros dias de governo, com a edição do decreto das armas, em que teve suas sugestões ignoradas pelo presidente. Depois houve a revogação da nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó de Carvalho como membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

O projeto anticrime nunca teve o apoio total do presidente,  em entrevistas, Bolsonaro chegou a dizer que Moro não tem mais a caneta que tinha como juiz e que teria de esperar um pouco para trabalhar o texto na Câmara. Sérgio Moro também perdeu o Coaf para o ministério da Economia, o Planalto não fez nenhum esforço para manter o órgão com Moro.

No caso mais recente, o ministro viu um dos seus principais aliados da Lava Jato, o auditor Roberto Leonel, nomeado por sua vontade como presidente do Coaf, ser exonerado, com a transferência do órgão ao Banco Central.

Em relação as mudanças que vem ocorrendo na Polícia Federal, Moro segue sem “carta branca” e em silêncio.

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