No dia anterior, durante transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas a Fachin. “Eu não sei de onde ele [Edson Fachin] está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral”, disse. Mais cedo, Fachin havia declarado que quem deve cuidar de eleições são as “forças desarmadas”.
Fachin ainda criticou “a violência contra a imprensa e seus imprescindíveis profissionais, as ameaças à integridade física de magistrados e de seus familiares e os ataques das milícias digitais geradoras de insegurança cibernética” e classificou isso como “bestialidade moral e simbólica dos discursos de ódio”. “A desinformação também tem forma, nome e origem. Não é fantasma.”
“Não é fantasma, não é assombração. A violência no Brasil é assombrosa, é trágica, é terrível. É uma realidade pavorosa na ordem do dia”, declarou. Segundo o ministro, “assistimos, quase incrédulos, a normalização dos ataques às instituições, impulsionados por práticas de desinformação”.
O presidente do TSE também defendeu a confiabilidade das urnas eletrônicas e a importância do voto no exercício da cidadania.
“O que nos move não é apenas o agora, não é apenas o presente contínuo, não é apenas o futuro imediato, mas é o futuro mediato, é o dia seguinte das eleições, é o respeito com paz, com ordem e com serenidade à soberania popular que será exercida pelo sufrágio universal”, afirmou Fachin.