A Folha de São Paulo descobriu através de questionamentos via Lei de Acesso à Informação que antes de 2021 e 2022 os militares não haviam feito quaisquer tipo de questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas. Os 88 questionamentos só sugiram no governo Bolsonaro.
Patrocinada pela própria corte eleitoral, a entrada das Forças Armadas no debate sobre as urnas eletrônicas deu munição para Bolsonaro promover ataques ao processo eleitoral.
Desde o ano passado, os militares fizeram 88 questionamentos ao sistema de votação, além de sugestões de mudanças nas regras do pleito.
As informações da Defesa foram apresentadas à Folha em duas respostas via LAI. Em um dos casos, a reportagem pediu “todos os questionamentos” das Forças Armadas ao TSE sobre as eleições desde 1996, ano de lançamento das urnas eletrônicas.
“Não foram encontrados ‘questionamentos’ feitos por este ministério ao TSE antes de 2021/2022, versando sobre o sistema eleitoral”, respondeu a pasta.
No segundo pedido, sobre “estudos, pareceres ou qualquer tipo de análise sobre a segurança do sistema” feitos pelos militares no período, a Defesa disse que “não foram encontrados” documentos desse tipo.
O TSE, pelo mesmo canal, disse que “não recebeu contribuições anteriores [a 2021] do Ministério da Defesa, a fim de aperfeiçoamento do processo eleitoral informatizado”.
(Com informações Folha SP)