Médica de Minas Gerais morre em quarto de hotel em Colatina (ES)

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Uma médica de Minas Gerais foi encontrada morta no fim de semana em um quarto de hotel em Colatina, no Espírito Santo, município localizado a 135 quilômetros a noroeste da capital Vitória.

A médica, que trabalhava na área de psiquiatria em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, foi identificada pela Polícia Civil capixaba como Juliana Pimenta Ruas El Aouar, 39.

O laudo cadavérico divulgado nesta terça (5) aponta que a morte ocorreu por broncoaspiração de conteúdo gástrico, ou seja, sufocamento por vômito, segundo informações do delegado responsável pelas investigações, Deverly Pereira Júnior.

O marido de Juliana, o ex-prefeito de Catuji, também no Vale do Mucuri, Fuvio Luziano Serafim, 44, que estava no quarto com a médica, foi preso por suspeita de feminicídio. O motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, 52, hospedado em outro quarto, também foi preso.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados de defesa dos suspeitos.

Os três chegaram a Colatina na sexta (1º) para que a médica fosse submetida a um procedimento cirúrgico sem complexidade, conforme as investigações. O procedimento foi concluído, e os três voltaram para o hotel.

Na madrugada, testemunhas ouvidas pela polícia relataram barulho intenso no quarto. Pela manhã, o marido procurou funcionários do hotel pedindo ajuda porque a mulher estava inconsciente. O serviço de emergência foi acionado e constatou a morte da médica.

No quarto, a Polícia Civil encontrou ampolas de anestésicos de uso hospitalar, seringas e manchas de sangue. Havia ainda marcas de agressão no corpo da mulher.

Segundo o delegado, ainda não é possível saber se o que houve foi abuso de drogas ou se os analgésicos foram aplicados para dopar a médica. “Novas diligências serão feitas ao longo dos próximos dias”, afirmou.

O marido e o motorista foram presos depois de analisadas imagens de câmera no corredor do hotel em que estão localizados os quartos.

As imagens mostram intensa movimentação tanto do marido como do motorista. Houve também, segundo o delegado, contradições durante os depoimentos. O marido afirmou inicialmente a policiais militares que teria acordado e notado que a mulher estava desacordada. Em depoimento à Polícia Civil, permaneceu calado.

Por sua vez, o motorista, que falou durante interrogatório na corporação, disse ter sido chamado ao quarto pelo marido da mulher após queda da médica no quarto. Os dois suspeitos foram encaminhados ao (CDP) Centro de Detenção Provisória de Colatina./ Folha SP

(Foto reprodução)

 

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