MEC propõe bônus para professores de alfabetização

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Inauguração do prédio anexo da Escola Municipal de Educaçã Infantil Professora Maria das Graças da Silva Ribeiro, na Nova Holanda. Macaé/Rj Data: 12/06/2014, Foto Rui Porto Filho / Prefeitura de Macaé

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta terça-feira (18/02), que vai pagar um bônus para professores e diretores de escolas que conseguirem bons resultados em avaliações de desempenho de leitura de estudantes na fase da alfabetização. O valor a ser pago e como será calculada a bonificação não foram informados pelo ministério. 

O bônus foi anunciado durante a apresentação do programa Tempo de Apreender, feito pela Secretaria de Alfabetização (Sealf), O programa vem sendo elaborado desde o início do ano passado dentro da Política Nacional de Alfabetização, mas ainda há uma série de indefinições na implementação.

“Não vai ser um ranking das escolas com melhor desempenho, mas vamos estimular um modelo colaborativo dentro das escola”, disse Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização. Apesar de o programa estar previsto para inciar ainda este ano, mesmo já com o ano letivo iniciado nas redes de ensino, o bônus não será aplicável a todos as unidades participantes em 2020, já que a ação se inicia de forma amostral.  O número de escolas que poderá ser contemplado com o bônus também não foi informado.

Segundo o secretário, o programa prevê ainda dois tipos de avaliação: um teste para medir quantas palavras por minuto são lidas pelas crianças do 2.ª ano do ensino fundamental e outro escrito. Com o resultado dessas avaliações é que serão concedidos os bônus.

O programa Tempo para Aprender, segundo Nadalim, é estruturado em quatro eixos: formação de professores, apoio e recursos pedagógicos, aprimoramento de avaliações e valorização docente. Há semanas os secretários municipais e estaduais de educação de todo o País questionam e temem que o novo programa possa retroceder o que tem sido feito para alfabetização nas escolas brasileiras, já que as informações sobre a implementação são genéricas e as ações não foram discutidas e nem consideram o que já é feito nas redes.

Na apresentação, Nadalim falou que será feita “formação prática” dos professores através de um curso online. Ele não detalhou quantas horas de curso e nem como será a parte prática já que a formação ocorrerá na modalidade a distância. O secretário também falou que vai reformular as regras e diretrizes para a compra de livros do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e PNLD Literário – sem informar quais serão as mudanças.

A Política Nacional de Alfabetização também prevê uma ação de intercâmbio de professores alfabetizadores, como uma forma de incentivo e capacitação. Segundo Nadalim, será feita uma parceria, no valor de R$ 6 milhões, com a Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto, ambos em Portugal, para 50 professores – o que corresponde a 0,016% dos docentes alfabetizadores da rede pública brasileira. / AE

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