Marina diz que não vai entrar na disputa presidencial em 2022 e sugere uma frente de centro esquerda com o pedetista Ciro Gomes

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Marina Silva disputou três campanhas presidenciais, na última eleição ficou com apenas 1% dos votos, mas continua ativa na vida política nacional militando nas redes sociais. Marina diz que não pretende mais ser candidata a presidente da República em 2022, destaca que não é hora de falar de nomes e sim em um projeto que coloque o povo em primeiro lugar, contudo, sugere uma frente de centro esquerda com o nome do pedetista Ciro Gomes.

Marina ressalta que o País precisa de um projeto e de um nome que consiga colocar esse projeto em prática e necessariamente não precisa ser seu nome. No Brasil prevalece “esse critério de que se discute primeiro as métricas eleitorais, em termos de voto, e não métricas qualitativas, em termos de programa. A única coisa que posso dizer é que tenho me dedicado o tempo todo a construir o que é melhor para o Brasil. Tenho essa disposição para o diálogo. Não sou do tipo que acha que um bom projeto de país só funciona comigo,” disse Marina em entrevista ao Estadão.

Quanto a pandemia Marina diz que Bolsonaro lavou as mãos. “A politização eleitoreira de um tema que tem a ver com a vida das pessoas é um atraso civilizatório. O negacionismo tem várias formas. Tem o ideológico e primitivo, que é colocado em palavras pelo presidente Bolsonaro, que lavou as mãos, e outro é o negacionismo disfarçado, que maquia o que a ciência está dizendo com uma ética de conveniência. Se não fosse o trabalho que a mídia tem feito, a sociedade brasileira estaria totalmente à deriva.

Quando indagada sobre um nome que pudesse tocar uma frente de partidos de centro esquerda dentro de um campo progressista, ela sugere o nome de Ciro Gomes. “O Ciro já tem o nome dele colocado desde o início, o que é legítimo. O que estamos fazendo é um apelo ao campo da esquerda democrática não dogmática, da centro-esquerda, dos setores progressistas e de centro-direita que pensam em primeiro lugar no Brasil. É nesse lugar que estamos nos articulando, e com uma pessoa que tem uma experiência política, administrativa e de política nacional que já colocou seu nome, que é o Ciro Gomes. Ele está fazendo esse diálogo maior, que não é em torno do nome, mas do projeto. O pior dos mundos é criar a velha polarização que existia, entre PT e PSDB, e deixar o tempo todo o brasileiro em terceiro. Agora seria a velha polarização, mas entre Bolsonaro e Lula ou PT. Agora é o momento de a sociedade assumir o primeiro lugar. Tenho a tranquilidade de quem já perdeu três campanhas, já procurei dar uma contribuição.” Finaliza Marina.

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