Mais um suspeito de envolvimento no esquema de venda de liminares do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Fortaleza. Policiais que integram a Operação Expresso 150 prenderam, no começo da noite de ontem, Djacir de Sousa Silva.
Havia contra Djacir de Sousa Silva um mandado de prisão em aberto. A princípio, os policiais federais cumpriram um mandado de condução coercitiva determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Djacir de Sousa foi interrogado, a exemplo de três desembargadores, advogados e parentes de magistrados, por suposto envolvimento no escândalo das vendas de liminares em alguns plantões do judiciário cearense. Mas, ao contrário de outras pessoas ouvidas na Polícia e Justiça Federal, Djacir não foi liberado após o interrogatório.
A Operação Expresso 150 foi deflagrada no último dia 15 pela Polícia Federal e determinada pelo CNJ. Na ocasião, o desembargador Carlos Feitosa foi afastado do cargo pelo período de 90 dias. O magistrado foi ouvido na sede da Justiça Federal em Fortaleza.
Além da busca e apreensão no gabinete e residência do desembargador, a PF cumpriu outros 27 mandados de busca e 13 de condução coercitiva. O suposto esquema de venda de liminares é investigado pelo CNJ desde fevereiro de 2014. No Conselho, a investigação, que ainda não foi concluída, envolveria cinco desembargadores e advogados.
Em abril de 2014, o então presidente do TJCE, desembargador Luiz Gerardo Brígido, admitiu haver um esquema de venda de habeas corpus durante os plantões judiciários. De acordo com o magistrado, a venda ocorria desde 2011.”
(Por Demitri Túio – O POVO Online)