O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela determinou nesta quinta-feira (02/05), a prisão do líder opositor Leopoldo Lópes, que na terça-feira (30/04), fugiu da prisão domiciliar que cumpria há dois anos com auxílio de dissidentes do serviço secreto chavista, o Sebin.
Nesse dia, López se juntou ao autoproclamado presidente interino Juan Guaidó ao declarar que parte das Forças Armadas tinha aderido à posição em um discurso em frente à Base Aérea de La Carlota, em Caracas.
Conforme o movimento foi perdendo força ao longo da tarde de terça-feira López foi abrigado primeiro na embaixada do Chile e posteriormente na embaixada espanhola em Caracas. Atualmente, López se encontra como hóspede na casa do embaixador espanhol, Jesús Silva. A residência , no entanto, possui inviolabilidade diplomática e só pode ser acessada por autoridades venezuelanas caso haja um acordo.
Decisão determina retorno a presídio militar
Na decisão, o tribunal afirmou que a prisão domiciliar foi revogada por “ter sido flagrantemente violada”. Ainda de acordo com o TSJ, López também violou uma proibição para fazer pronunciamentos políticos a meios de comunicação nacionais e internacionais. O TSJ quer que o líder do Voluntad Popular retorne à prisão militar de Ramo Verde, em Caracas.
A prisão deve ser efetuada por agentes do Sebin, depois que o comando da agência ter sido trocado. O antigo comandante Manuel Cristopher Figuera teria rompido com o chavismo e articulado a fuga de López.
Mais cedo, a mulher de López denunciou uma invasão de sua residência por agentes do governo em Caracas. “Há agentes patriotas no Sebin, mas há também agentes maus, leais ao regime”, disse Lilian Tintori./AE