Ex-presidente da CBF, José Maria Marin senta hoje no banco dos réus do Tribunal do Brooklyn, em Nova York. O julgamento começa dois anos e meio depois de ele ter sido preso na Suíça. Marin é acusado de receber propinas em negociações de direitos de TV em edições da Copa América e ainda suborno em contratos da Copa do Brasil.
Entre as acusações contra Marin está uma viagem feita pelo cartola em abril de 2014 a Miami, nos EUA, para participar de uma conferência de imprensa. Ele teria aproveitado para se reunir com J. Hawilla, dono da Traffic, para acertar pagamentos das propinas. Marin, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o atual comandante da entidade, Marco Polo Del Nero, teriam divididos R$ 2 milhões por ano de suborno da Traffic, que tinha os direitos de TV.
Nas últimas semanas, o Tribunal do Brooklyn anunciou duas sentenças contra dirigentes esportivos que servem de alerta para Marin. Ex-secretário-geral da Federação da Guatemala, Hector Trujillo foi condenado a oito meses de prisão e a pagar multa de US$ 415 mil (R$ 1,3 milhão). Já o ex-secretário-geral da Associação das Ilhas Cayman e ex-assessor da presidência da Concacaf, Costa Takkas, foi condenado a 15 meses de prisão. Terá de devolver US$ 3 milhões (R$ 9,9 milhões) à federação, juntamente com Jeffrey Webb, ex-vice da Fifa e ex-presidente da Concacaf.
(Estadão)