Esse número é importante no contexto macroeconômico atual. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nestas terça-feira e quarta-feira para decidir os novos rumos da taxa básica de juros no País, hoje em 11,25%, de olho na inflação. A meta perseguida pelo BC é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Ou seja, o número atual está bem acima do teto da meta.
De acordo com os dados do IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três tiveram alta em novembro. “A maior variação (1,55%) e o maior impacto (0,33 ponto porcentual) foram registradas em Alimentação e Bebidas”, diz o instituto, em nota. “Na sequência, vieram os grupos Transportes (0,89% e 0,18 ponto porcentual) e Despesas Pessoais (1,43% e 0,14 ponto porcentual).” Além disso, o principal impacto negativo (-0,24 ponto porcentual) veio do grupo Habitação, que teve queda de 1,53%). Os demais grupos ficaram entre os recuos de 0,04% de Educação e de 0,31% de Artigos de residência.
No caso do grupo Alimentação e Bebidas, segundo o IBGE, a alimentação no domicílio passou de 1,22% em outubro para 1,81% em novembro. “Foram observados aumentos nos preços das carnes (8,02%), com destaque para os seguintes cortes: alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). Altas também foram observadas no óleo de soja (11,00%) e no café moído (2,33%)”, diz a nota. “No lado das quedas, destacaram-se a manga (-16,26%), a cebola (-6,26%) e o leite longa vida (-1,72%).” A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 0,88%, variação superior à do mês anterior (0,65%).
No grupo dos Transportes, as passagens aéreas subiram 22,65%, com contribuição de 0,13 ponto porcentual no índice do mês. Já os combustíveis caíram 0,15%, influenciados pelas quedas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). Por sua vez, gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) registraram variações positivas, diz o IBGE.
Em Despesas Pessoais, de acordo com o instituto, o resultado foi influenciado principalmente pelo cigarro, que subiu 14,91%. “Em 1º de novembro, houve aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros. Altas também foram observadas nos subitens pacote turístico (4,12%) e hospedagem (2,20%).”/AE
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