O próprio presidente da República expôs a divisão. “Tem uns 20% pelo menos no Facebook falando que acabou a última esperança deles, que não vota mais em ninguém ou que vai votar no Moro em 2022”, disse o presidente Jair Bolsonaro, após a indicação de Augusto Aras para Procuradoria Geral da República (PGR) e ao mesmo tempo pedindo tempo aos seus defensores que o deixasse fazer as escolhas que considera acertadas.
Os moristas não ficaram nada satisfeitos com a indicação de Aras, que para muitos representa um retrocesso para Lava Jato.Estes já passaram a considerar o ex-juiz como um projeto alternativo a Jair Bolsonaro à medida que o presidente da República da sinais de contrariedade de combate a corrupção, essa fissura aumenta e pode se tornar ainda maior, caso o presidente mantenha a cabo a decisão de fazer mudanças no comando da Polícia Federal a revelia do ministro da Justiça.
Para piorar ainda mais essa situação a pesquisa Datafolha mostrou que Mora é mais bem avaliado que o próprio presidente. Embora os bolsonaristas de raiz, neguem o conflito interno, acabam enxergando em Moro uma sombra para o presidente, o que parece aumentar o risco de rompimento, a exemplo daqueles que enxergam eternamente uma espada de Dâmocles apontada para o chefe do executivo.