General Guilherme Theophilo ainda é desconhecido da população

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Na última quarta-feira (26/04), o Senador Tasso Jereissati (PSDB), apresentou o nome do General Guilherme Theophilo, à cúpula do partido como uma possível alternativa para concorrer ao Palácio da Abolição. O encontro foi partidário e posteriormente as demais agremiações de oposição também iriam se reunir para avaliar o quadro político e tomar as medidas necessárias.

Os demais partidos que integram o bloco de oposição se manifestaram sobre o nome do General. Em reportagem ao Diário do Nordeste, o presidente do PSD no Ceará, Domingos Neto, ressaltou que não há nada resolvido na oposição. Já o presidente do Solidariedade (SD), deputado federal, Genecias Noronha, disse que primeiro, o general precisa conhecer o Ceará.

Diante das exposições dos demais líderes partidários do grupo de oposição, constata-se que é necessário a construção de um nome competitivo e que tenha afinidade com o Estado. É importante que essa candidatura não soe como imposição, empurrada de cima para baixo, porque ficaria difícil do povo digerir.

Ao que parece, a oposição tenta fazer com o general Theophilo, o que foi feito com o nome de Camilo Santana (PT) para governador, em que seu nome foi lançado de última hora, praticamente no dia das convenções. Ocorre que, Camilo não era um mero desconhecido da cena política estadual, na eleição anterior havia sido o deputado estadual mais votado no Ceará e passou aproximadamente quatro anos como secretário de Desenvolvimento Agrário, visitando todo interior do Estado. Portanto, tinha cacife político suficiente para enfrentar uma batalha eleitoral.

Diferente do general Theophilo, que embora seja uma pessoa qualificada, passou os últimos 45 anos de sua vida no exército; em operações como a ocupação do complexo do Alemão, complexo da Maré, em operações na Nicarágua, Haiti e recentemente em Manaus. Portanto, distante do cenário da caatinga e do cheiro do povo cearense. Muito embora o general tenha raízes fincadas no Ceará, seria fundamental maior conhecimento do território eleitoral, para assegurar ao grupo de oposição uma candidatura competitiva.

O tempo passa e a indefinição permanece. A maioria do grupo de oposição prefere Tasso. Descartada a possibilidade do senador, os demais partidos de oposição gostariam de ver disputando o Palácio da Abolição, o deputado estadual Capitão Wagner (Pros). Dado o quadro de indecisão, vai terminar prevalecendo o princípio da hierarquia do Exército brasileiro. Entre um capitão e um general, segue o de maior patente.

(Reginaldo Silva, Ceará Noticias)

(Foto: reprodução)

 

 

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