A vítima, Bruna Gonçalves, de 30 anos, era mãe de três filhos. Ela foi encontrada morta no dia 26 de outubro, após ir a um encontro na casa em que o suspeito morava.
Os dois discutiram devido a uma divergência no valor do programa – ele afirmou que, quando contratou Bruna, o preço combinado teria sido R$ 350, porém ela teria cobrado R$ 400, valor que ele não tinha.
Antônio matou Bruna com golpes de faca de cozinha. Ele foi preso em flagrante e confessou o crime à polícia. Ele confessou que havia cheirado cocaína e disse que agiu por “impulso”.
Nesta quinta-feira, o Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri de Fortaleza condenou o jovem a 32 anos, 6 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado.
Além disso, Antônio foi condenado a pagar R$ 13,5 mil de indenização por dano moral à família da vítima. Ele não poderá recorrer em liberdade.
Como foi o crime
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Bruna Gonçalves foi morta a facadas por Antônio Carlos Sousa, em outubro de 2024, em Fortaleza (CE) — Foto: Reprodução
Antônio Carlos é natural de Tejuçuoca, no interior do Ceará, mas havia se mudado para Fortaleza e trabalhava em uma churrascaria no Bairro Meireles.
Conforme o depoimento do suspeito à polícia, na madrugada que o crime aconteceu, ele consumiu cocaína e decidiu procurar por garotas de programa online. Ele encontrou Bruna em um site de “acompanhantes de luxo” e se interessou pelo perfil dela.
Após o contato no site, Bruna foi até a casa de Antônio Carlos, em uma vila. O garçom afirmou que, pelo site, o preço do programa combinado com Bruna foi R$ 350, porém ela teria cobrado R$ 400, valor que seria pago via Pix.
Antônio afirmou que não possuía a nova quantia exigida por Bruna, e chegou a sair de casa para tentar pedir dinheiro emprestado, mas não conseguiu e retornou sem o valor, momento no qual ele e Bruna teriam começado a discutir e ela o teria ameaçado.
Antônio contou estar sob efeito de drogas, e com a discussão, ele afirma que a vítima usou uma faca de cozinha para tentar golpeá-lo. Ele conseguiu tomar a arma da mulher e acabou por esfaqueá-la. No depoimento no 2º Distrito Policial, o garçom disse que “agiu por impulso, por medo”.
No local do crime, a polícia encontrou cerca de R$ 470, mas não está claro se o dinheiro pertencia a Bruna, a Antônio ou era a somatória do valor que os dois possuíam.
Após a conclusão do inquérito policial, Antônio Carlos foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe. Ele foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de feminicídio não íntimo, já que o denunciado e a vítima não se conheciam.
Bruna tinha três filhos, com idades de 2, 3 e 7 anos, que não viviam com ela. A jovem morava com um amigo no bairro Montese e os familiares disseram que, devido à distância, não tinham sempre contato com ela./g1
(Foto: Reprodução)





