Qual a melhor maneira de administrar uma vantagem na casa do adversário? É não recuar. Se você sair para o jogo e controlar as ações, vai correr menos riscos do que se chamar o oponente para o seu campo. Não à toa existe o ditado popular do futebol que diz com sabedoria que “a melhor defesa é o ataque”. Só que segurar a pressão, o ímpeto de um rival empurrado por sua torcida não é algo simples de ser feito. Mas o Flamengo mostrou maturidade para isso.
Contra o Inter no Beira-Rio, o Rubro-Negro empatou por 1 a 1 sendo superior do início ao fim e garantiu com méritos a tão almejada vaga na semifinal da Libertadores depois de 35 anos. O time, que cada vez mais tem a cara de Jorge Jesus, foi para Porto Alegre preparado para evitar a esperada blitz colorada nos primeiros minutos e jogar bola.
A começar pela escalação: o técnico teve o retorno de Cuéllar e poderia ter sentado na vantagem, colocando Piris da Motta para ter dois volantes de marcação. Mas não, ele puxou Gerson para a função e manteve a vocação ofensiva da equipe. Deixou Arrascaeta e Everton Ribeiro, seus jogadores mais técnicos, mais próximos na direita e deu liberdade a Bruno Henrique e Gabigol, dupla que voltou a ser decisiva: um com assistência, outro com bola na rede.
De volta a uma fase de semifinal da Libertadores, o Flamengo vai enfrentar o Grêmio nas semanas dos dias 2 e 23 de outubro – as datas ainda não foram confirmadas pela Conmebol – , abrindo na Arena do Grêmio e decidindo a vaga na grande decisão no Maracanã. Mas até lá, Jesus volta o foco para o Campeonato Brasileiro, onde é líder e tem confronto direto pela ponta com o Palmeiras neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Os jogadores folgam nesta quinta-feira e se reapresentam na tarde de sexta, no Ninho do Urubu./ge