A Conmebol também teve muitas dificuldades para organizar o evento em Montevidéu, e internamente há a apreensão com o risco de os torcedores enfrentarem problemas decorrentes da pequena estrutura no aeroporto, oferta de restaurantes, rede hoteleira, etc.
Por causa da pouca oferta de vagas, um voo com membros da diretoria só vai sair do Rio de Janeiro no dia da final, por exemplo.
Diante do cenário, foi necessário buscar soluções para tentar se aproximar da realidade que os jogadores têm no Ninho do Urubu e que encontraram na final de 2019.
O hotel em Montevidéu tem uma academia pequena, que foi transformada e ampliada com grama sintética para virar um departamento médico com área ampla de fisioterapia e sala de massagem.
Normalmente um quarto fica disponível para rouparia, mas, para ganhar espaço, uma sala foi adaptada no subsolo do hotel para receber cerca de 1 tonelada de material, o que representa quase o triplo do que existe normalmente no CT, até por se tratar uma viagem com escala de dois jogos em Porto Alegre.
O hotel está sendo utilizado pelo Bragantino para a disputa da final da Sul-Americana. A empresa de logística parceira do Flamengo também trabalha para o time paulista, e terá a chance de corrigir possíveis deficiências que ainda forem encontradas, como na parte da alimentação, por exemplo.
O tema alimentação foi um dos que mais preocupou o Flamengo após a primeira visita. A percepção foi de que o hotel não teria condições de suprir a demanda das cinco refeições diárias da delegação de 75 pessoas (limite dado pela Conmebol aos finalistas) dentro dos padrões do clube.
Sendo assim, ficou decidido que o hotel faria a contratação de mais quatro funcionários, e o Flamengo levará seu cozinheiro junto com um auxiliar. Eles vão antes do time para deixar tudo organizado.
Outra preocupação recorrente em viagens é a qualidade da água. Os atletas só consomem água mineral e sucos em caixinha, para evitar possível contaminação.
Clube monta academia no estádio do Peñarol
Na final de 2019, a grande preocupação de Jorge Jesus era a falta de privacidade nos treinos. Foi resolvido com tapumes. Em Montevidéu, a estrutura para as atividades agradou, até pela boa receptividade que o Peñarol teve com o Flamengo.
A ideia, novamente, foi aproximar ao que existe no Ninho do Urubu. O Flamengo vai criar uma academia no local com aparelhos alugados pedidos pela preparação física. Tudo será montado após o jogo do Peñarol (segunda-feira) e estará pronto quando os atletas rubro-negros chegarem.
Na avaliação feita, o gramado foi considerado de ótimo nível. O Flamengo já deixou as orientações sobre a quantidade de irrigação do campo, e na quarta de manhã será feito o último corte da grama na altura desejada pelo clube. Na parte da tarde Renato já comanda o primeiro treinamento.
Toda a lista de material de treino pedido pelo Flamengo será cedida pela Conmebol: balizas, estacas, cones, bonecos…
O clube terá à disposição também sala de fisioterapia com cinco macas. Toda a aparelhagem, que é portátil, será levada.
Em uma final, todos os detalhes contam. Até o tempo de deslocamento do hotel para o estádio onde serão feitos os treinos foi cronometrado em horários (e trânsitos) diferentes. Tudo para evitar atrasos. A Conmebol só disponibiliza um ônibus, mas o Flamengo vai alugar um segundo de “backup”.
Estádio Centenário reformado
Apesar de o estádio Centenário ser antigo, o Flamengo acredita que encontrará boas condições de vestiário, que foram reformados, e de gramado, que foi replantado. O local mereceu uma atenção especial da Conmebol para a final das Libertadores e Sul-Americana.
Desembarque com atendimento exclusivo
Se os torcedores correm o risco de pegar longas filas na imigração por causa do aumento do números dos voos, o Flamengo não deve ter problemas. Foi feita uma reunião e a delegação vai chegar pela base aérea que fica ao lado do aeroporto, e terá um serviço de imigração exclusivo. De lá até o hotel são apenas dois minutos de percurso de ônibus./ge
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