Por Reginaldo Silva- Professor, Radialista e Jornalista
O senador Cid Gomes rompeu com o governador Elmano de Freitas. A informação foi divulgada neste sábado (16/11), pelo colunista Erivaldo Carvalho, do portal O Otimista e confirmada por fontes ligadas ao senador por esta coluna.
Nos bastidores, parlamentares contatados por Cid Gomes confirmam que o fato “tem fundamento”. Cid sempre foi um crítico da concentração de poder pelo PT, destacava a incômoda conjuntura antes mesmo das eleições municipais no Ceará, que não seria razoável que um único partido comandasse o governo do estado e a prefeitura de Fortaleza, sem abrir oportunidades para outras siglas, este sempre foi o posicionamento do senador Cid Gomes.
Cid ao tomar a decisão, certamente fez essa costura política com seus aliados e muitos o seguirão. Resta saber como ficarão alguns desses prefeitos que realmente tem forte relação com o senador Cid Gomes, mas, são dependentes de parcerias com o governo do estado.
Cid percebeu um vazio no campo de centro da política cearense e tenta se antecipar para preencher esse vácuo, sobretudo, depois das eleições em Fortaleza, onde ficou demonstrado um sentimento antipetista, mas também, uma forte rejeição ao bolsonarismo.
Várias questões ficarão no ar com esse rompimento de Cid com o governo do estado. Como fica a posição de Camilo Santana, ministro da Educação, amigo e forte aliado de Cid, além de ser principal fiador das candidaturas de Elmano e Evandro Leitão?
Cid e Ciro terão espaço agora para se reconciliar politicamente?
Cid conseguirá formar um bloco de centro em a um espaço já ocupado por parte da centro direita, liderados por Roberto Cláudio e Capitão Wagner? Esse bloco poderia se alinhar para impedir o avanço da extrema direita de Bolsonaro e André Fernandes, este últimos, já foram vistos juntos após a eleição em Fortaleza e sinalizaram o que já se previa que seguirão unidos em 2026.
O anúncio do rompimento foi feito, confirmado por fontes ligadas ao senador, embora os envolvidos ainda não tenham feito uma declaração pública sobre o fato.
O anúncio do rompimento antecipa cenários para 2026, cria novas rotas políticas para deputados e prefeitos, deixa dúvidas no ar e principalmente causa transtornos para base política que fica em uma sinuca de bico, entre Cid e o governo do estado.