Contei 13 lâmpadas apagadas na avenida que liga o Jovinão ao bairro Tamarindo. E encontrei um poste na mesma avenida que o lixo está servindo de adubo e o mato começa a crescer ao redor do poste.
Faço essas reivindicações não com o intuito de derrubar a administração, mas com a intenção de ajudar. Às vezes o Poder sobe a cabeça e nos deixa cegos, somos incapazes de aceitar uma crítica ou sugestão. É muita gente ao redor apenas dizendo que as coisas estão andando as mil maravilhas e todo aquele que atreve-se a levantar a voz para criticar, imediatamente é reprimido, incentivado por aliados em doses venenosas nos três turnos, de que é preciso jogar duro com aqueles que pensam diferente. Segundo eles, não passam de roedores. Ledo engano.
Todos nós já ganhamos e perdemos eleições ao longo da vida. Mas precisamos repensar o modelo de fazer política. Ganhar a eleição é uma coisa, administrar é outra completamente diferente. O modelo político do país está falido, é fato comprovado. É preciso inovar os métodos e fazer o movimento contrário.
Quando mantenho todos os vereadores do meu lado, acabo deixando transparecer que existe um medo de oposição, de denuncias, de fiscalização. Mas, se estou fazendo tudo certo e não tenho nada a esconder, posso governar com um número mínimo de parlamentares, desde que o povo esteja sendo contemplado.
Não adianta está com todos os vereadores do mesmo lado, se uma das principais avenidas da cidade que liga dois bairros importantes da sede do município, no caso Jovinão e Tamarindo, está completamente abandonada. O investimento em uma área, em detrimento de outra, é um equivoco.
Não precisa ser autoridade para notar o estado de abandono, qualquer cidadão que passar por aquele local vai observar, ruas esburacadas, lâmpadas apagadas, lixo a céu aberto e a inexistência da prestação de serviços públicos as comunidades mais carentes do município.
Ninguém me convence da tese de que quem manda na prefeitura é o pai, a mãe, o irmão ou a irmã do prefeito. Só existe um único responsável pela cidade, é o próprio prefeito. Ele recebeu os votos, ele se comprometeu com o povo, ele fez um juramento perante a lei maior do município. Portanto, cabe ao prefeito acabar com os boatos de que não passa de um prefeito decorativo e mostrar sua capacidade administrativa, com uma grande bagagem intelectual adquirida nas melhores escolas de Fortaleza e na melhor Universidade do Ceará é possível fazer um grande trabalho. As camadas menos favorecidas são quem mais precisam de investimentos.
Em tempos de Lava Jato, crise econômica e degradação da classe política, corre-se o risco de adquirir a síndrome de Temer: manter toda classe política do lado e atingir um patamar de 95% de rejeição.