O deputado federal Paulo Maluf (PP) recebeu alta neste domingo, 29, depois de ficar internado por 23 dias no hospital Sírio Libanês, na capital paulista. Ele seguiu para a sua residência no Jardim Europa.
Em boletim divulgado neste domingo, o hospital informa que Maluf recebeu alta médica às 9 horas da manhã. Ele foi acompanhado pelos médicos Sergio Nahas, Miguel Srougi, Ronaldo Kairalla, Roberto Basile Jr, Rogerio Tuma e Cyrillo Cavalheiro Filho.
De acordo com Nahas, o deputado tem câncer na coluna vertebral e na bacia. Ele também apresentou novas metástases e está recebendo tratamento para evitar a progressão da doença. Nahas disse também que Maluf está com muita dor e, por isso, usa um analgésico em forma de adesivo para que seu corpo absorva continuamente um opioide.
Ainda segundo o médico, o deputado hoje consegue não andar, apenas fica em pé, e está fazendo fisioterapia. “Ele é um cadeirante hoje, ele não era (antes de ser preso)”, disse. O deputado também está, nas palavras do especialista, com um grande hematoma na região glútea direita.
Maluf foi internado no dia 6 de abril. A informação sobre a internação do ex-prefeito paulistano foi protocolada na Vara de Execuções Penais da Comarca de São Paulo por seus advogados.
De acordo com boletim médico divulgado na época, ele apresentava “atrofia dos membros inferiores devido a compressão de raízes nervosas da coluna vertebral, alteração da marcha, perda de sangue pelo aparelho digestivo, alterações de humor e comportamento”. A nota informava ainda que ele também apresentava incontinência urinária devido a um câncer de próstata em tratamento.
O parlamentar, condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro, cumprirá pena em casa por determinação do relator da ação penal, ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve Maluf em prisão domiciliar, em razão do grave quadro de saúde do parlamentar.
O deputado está encarcerado desde o dia 20 de dezembro e chegou à Penitenciária da Papuda, em Brasília, dois dias depois. No final março, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, autorizou Maluf a ir para prisão domiciliar./ AE