No último dia (05/04) os prefeitos que integram o Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Crateús (CPSMCR) se reuniram para realização da Assembleia Geral para escolha do novo presidente para um mandato de dois anos.
Na reunião para escolha do novo presidente, após a constatação do quórum mínimo para realização da eleição, dois nomes foram lançados: Toinho Contábil, prefeito de Ipaporanga e Marcelo Machado, prefeito de Crateús.
De acordo com o Estatuto do Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Caratéus, do Art. 15 ao 19, bem como o Regimento Interno em seus Arts. 10 e 13, tratam sobre o processo de escolha do presidente e número de votos. São 11 municípios: Ararendá, Crateús, Independência, Ipaporanga, Ipueiras, Monsenhor Tabosa, Nova Russas, Novo Oriente, Poranga, Quiterianópolis e Tamboril, que tem direito a 13 votos, uma vez que Crateús e Ipueiras tem direito a dois votos, por terem uma população superior a 35 mil habitantes.
O governo do Estado tem direito a votos na proporção de dois quintos dos participantes do consórcio, regulamentado em uma Resolução que define o número de nove votos.
Na reunião para escolha do novo presidente, alguns prefeitos não aceitaram que o governo tivesse direito a voto. Eles defendiam que somente os prefeitos poderiam votar, contrariando totalmente a legislação que rege o Consórcio e que foi assinada e aprovada por cada gestor municipal.
Durante a votação, atendendo ao chamamento do prefeito de Novo Oriente, Vanaldo Carlos Moura se retiraram da reunião os prefeitos Crateús, Ararendá, Independência Quiterionópolis, Tamboril e Nova Russas.
Com a retirada dos sete municípios, restaram os votos do Estado e dos municípios de Ipaporanga, Monsenhor Tabosa, Poranga e Ipueiras, totalizando 14 votos, uma vez que Ipueiras tem direito a dois votos e o Estado direito a nove.
Assim, foi eleito como presidente do Consórcio de Saúde da Microrregião de Crateús, o prefeito de Ipaporanga Toinho Contábil, em virtude da retirada dos demais prefeitos, inclusive do outro candidato Marcelo Marchado.
Os prefeitos dos municípios de Novo Oriente, Crateús, Ararendá, Independência, Quiterionópolis, Tamboril e Nova Russas, podem prejudicar ainda mais a saúde de seus municípios, quando ameaçam deixar o Consórcio e romper a parceria com o Estado. Se com a ajuda do governo a saúde vive em plena dificuldade, imagine sem contar com a ajuda de um parceiro importante.
Consórcio de Saúde não é local para fazer política, existe leis que regem a instituição assinada pelos próprios gestores que devem ser cumpridas. Seria salutar que os gestores desses municípios, pensassem em primeiro lugar na saúde de seus munícipes, ao invés de se digladiarem, deveriam se unir e priorizar a saúde da população dessa região. A melhor solução para o problema seria transformar a rebeldia em energia, em busca de recursos no Estado e em Brasilia, para ampliar e melhorar o sistema de saúde desses 11 municípios.
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