Confirmado nesta terça-feira pelo presidente Robinson de Castro, o teto salarial do Ceará para a Série A está estipulado em R$ 100 mil reais.
A ideia de trabalhar com um limite máximo é absolutamente necessária do ponto de vista da responsabilidade financeira e formação de um elenco minimamente equilibrado, com as mesmas pretensões. Não dá para expor o clube a se atolar em dívidas e a perder o respeito que hoje tem, de bom pagador, organizado e em evidente crescimento de patrimônio e estrutura.
A informação do dirigente também vale para que os torcedores tenham noção da realidade, algo que efetivamente falta – não vai demorar para que apareçam cobranças completamente fora da realidade. O Ceará entrará na primeira divisão com uma das menores folhas salariais entre os 20 clubes e não é por desejo, mas por necessidade. Essa é a posição na comparação com os demais. Não há o que se fazer quanto a isso.
Assim, brigar por uma vaga na Copa Sul-Americana e não ser rebaixado são as metas essenciais e plenamente possíveis. Mais do que isso estará na conta do imprevisível que o futebol tem capacidade de produzir.
Mesmo que chegue aos R$ 2 milhões por mês de folha – previsão máxima da diretoria – o Alvinegro estará entre os clubes com menor gasto com elenco na Série A 2018, por isso a necessidade da margem de erro ser mínima para que o time consiga permanecer sem sustos.
Para efeito de comparação, abaixo seguem os valores que os clubes gastaram com seus atletas no Brasileirão em 2017 (fonte: ESPN).
Clube – milhões de reais
Palmeiras 11,0
Atlético-MG 10,2
São Paulo 9,5
Flamengo 9,0
Corinthians 8,1 (campeão)
Cruzeiro 8,0
Grêmio 7,2
Fluminense 4,9
Santos 4,5
Vitória 4,1
Vasco 3,9
Botafogo 3,8
Sport 3,7
Atlético-PR 3,5
Coritiba 3,2 (rebaixado)
Bahia 3,0
Ponte Preta 2,0 (rebaixado)
Chapecoense 1,5
Avaí 1,5 (rebaixado)
Atlético-GO 1,4 (rebaixado)
(Futebol do Povo)