Corpo de Ferreira Gullar é enterrado no mausoléu da ABL

2 Min. de Leitura

Ao som dos versos que escreveu para a composição O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos, cantados à capela por amigos e parentes, o corpo do escritor Ferreira Gullar foi sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL) na tarde de hoje (5), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Em cerimônia simples e rápida, as últimas palavras de homenagem foram do jornalista e professor de cultura brasileira Leonel Kaz, que relembrou as conversas quase que cotidianas que manteve com o poeta nos últimos quatro anos. Kaz editou o livro A Revelação do Avesso — Colagens em Relevo de Ferreira Gullar, publicação artesanal que traz obras tridimensionais em metal do poeta.

“O Gullar dizia sempre que nós somos o imaginário daquilo que imaginamos que nós somos. E cada país tem um imaginário daquilo que imagina que é. E o Gullar era realidade, era ilusão e era imaginário de si mesmo, com uma força tão impressionante. O que impressionava no cotidiano com ele era a vida e a defesa das ideias. A vida é uma invenção e ele deve ter sido uma invenção de si mesmo, de uma forma completamente autêntica e que nos agarrava com tanta intensidade amorosa”, disse Kaz antes de encerrar a homenagem com a leitura do poema Uma Pedra É uma Pedra.

Compartilhar Notícia