Ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo Bolsonaro, Silvinei Vasques recebeu a visita dos senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Izalci Lucas (PL-DF) na manhã desta terça-feira (25/6) na Papuda, em Brasília, onde ele está preso preventivamente desde agosto de 2023.
Autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na semana passada, a visita durou cerca de uma hora e meia. Silvinei conversou com os senadores em um auditório reservado pela direção do presídio. Durante todo o tempo, o ex-chefe da PRF esteve acompanhado de policiais penais.
Na conversa, segundo apurou a coluna, Silvinei fez um relato sobre sua rotina no presídio e sobre sua saúde. O ex-policial contou, por exemplo, estar com um problema na próstata. Ele também relatou que passa horas do dia estudando para o exame da OAB na biblioteca da Papuda.
O ex-chefe da PRF também fez um relato aos senadores sobre sua estratégia de defesa junto ao Supremo Tribunal Federal. Segundo apurou a coluna, ele contou aos parlamentares que costuma escrever, de dentro do presídio, alguns dos memoriais apresentados por seus advogados à Justiça.
Silvinei ainda agradeceu às manifestações em sua defesa feitas por Damares e Izalci na já encerrada CPI mista do 8 de Janeiro no Congresso Nacional. De acordo com relatos, o ex-policial chegou a chorar quando abraçou a senadora, que encerrou o encontro fazendo uma oração.
Além da conversa no auditório, Damares e Izalci visitaram a cela onde o ex-chefe da PRF está preso. A vistoria ocorreu durante o banho de sol dos presos. Silvinei divide a cela com outros dois homens. Eles estão em uma ala destinada a ex-policiais que cometeram delitos.
Estado emocional do ex-chefe da PRF
Após o encontro, os senadores disseram a interlocutores terem se surpreendido positivamente com o estado emocional de Silvinei. “Fisicamente ele está abatido, mas emocionalmente ele está mais forte que eu imaginava”, afirmou um dos parlamentares a aliados.
Silvinei está preso sob a suspeita de usar o cargo de comandante da PRF para planejar blitze, no segundo turno das eleições presidenciais de 2023, com o objetivo de prejudicar o trânsito de eleitores no Nordeste, região que historicamente costuma dar mais votos a Lula./Metrópoles
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