Celso de Mello assiste vídeo da reunião de Bolsonaro e pode liberar seu conteúdo

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Ministro do STF Celso de Mello durante sessão plenária da Segunda Turma para julgamento de recurso que questiona a liberdade concedida a José Dirceu, e inquérito contra o senador Aécio Neves, entre outros processos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, ficou incrédulo com o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Fontes que acompanham o caso avaliam que, hoje, a tendência do ministro é atender ao pedido do ex-ministro Sérgio Moro e levantar o sigilo da íntegra do vídeo do presidente Jair Bolsonaro e seus ministros, em nome do interesse público.

Celso já destacou em uma decisão do início deste mês “não haver, nos modelos políticos que consagram a democracia, espaço possível reservado ao mistério”.

O vídeo é considerado uma peça-chave nas investigações do “inquérito Moro X Bolsonaro”, que apura se o presidente da República tentou interferir politicamente na Polícia Federal para obter informações sigilosas.

Celso de Mello assistiu ao vídeo de sua residência em São Paulo onde cumpre o distanciamento social em meio à crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Quando a pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o decano se recuperava de uma cirurgia no quadril.

De acordo com interlocutores que apuram os bastidores da política em Brasília, a reunião foi marcada por palavrões, briga de ministros, anuncio de distribuição de cargos do Centrão e ameaça do presidente Jair Bolsonaro  de demissão “generalizada” a quem não adotasse a defesa das pautas do governo.

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