Por Reginaldo Silva- professor, radialista e jornalista
O quadro eleitoral do Ceará vai tomando rumo, assim como a política nacional também vai tomando forma com a definição de nomes que irão disputar a presidência da República.
O mais novo fato político do Ceará vem da oposição. O deputado federal Capitão Wagner (PROS-CE) venceu a queda de braço com o senador Chiquinho Feitosa (PSDB-CE), que assume a cadeira como suplente do senador tucano Tasso Jereissati. Wagner fica mesmo com o comando do União Brasil no Estado, o partido é fruto da fusão do PSL com o DEM e tem dois atributos importantes, tempo de rádio e televisão, além de fundo partidário recheado.
Capitão Wagner se reuniu com o presidente da Executiva Nacional do PSL, Luciano Bivar, nesta segunda-feira (06/12), em Fortaleza. Também participaram do almoço o deputado federal Heitor Freire do PSL, a deputada estadual, Fernanda Pessoa (PSDB), o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB), o ex-vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena (MDB), além de outros convidados do postulante ao Palácio da Abolição.
O senador Chiquinho Feitosa, não apareceu no encontro, dando um sinal de que pode não ficar na sigla, uma vez que tem forte ligação com a família Ferreira Gomes e o governador Camilo Santana (PT).
Wagner mostrou a viabilidade de sua candidatura ao governo do Estado para Luciano Bivar e demonstrou a possibilidade de crescimento da sigla no Ceará, mantendo um palanque forte para o União Brasil.
Capitão Wagner já disse reiteradas vezes por onde anda que seu palanque no Ceará é o do presidente Bolsonaro (PL). Esse tema por sua vez, deve ter sido digerido no encontro pelos dirigentes da Executiva Nacional do União Brasil, demonstrando que a legenda, provavelmente ficará com o papel de coadjuvante no campo majoritário da esfera federal e, vai mesmo brigar pelas conjunturas estaduais nas mais diferentes regiões do País.
Capitão Wagner anunciou o fortalecimento da futura sigla, União Brasil, com a adesão do grupo do prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa, que tem relevância no Estado.
Nas redes sociais, Capitão Wagner deu a senha de que realmente ficará com o partido, União Brasil no Ceará. “Gratidão pela presença de todos. Um grupo político que tem trabalhado para um Ceará mais próspero e mais justo. Fiquei muito feliz com a declaração do presidente Bivar nos credenciando ao Governo do Estado, o que nos dá muita tranquilidade de que vamos ter um grande partido para lançar a pré-candidatura de oposição ao Governo. Juntos, seremos imbatíveis”, enfatizou Wagner.
O almoço com o presidente do PSL, Luciano Bivar e outras lideranças, traz de novo a força partidária, mas os personagens ainda são os mesmos, nomes tradicionais da política cearense que há anos lutam nas trincheiras para derrubar à Família Ferreira Gomes no Ceará.
A cada dia fica mais patente a antecipação da campanha política no Estado, com muitas dúvidas e poucas certezas de todos os lados. O cenário nacional pode mudar tudo do dia para noite, mas os desenhos vão tomando forma e se encaminhando para 2022.
Wagner dá mais um importante passo rumo à sua candidatura ao Palácio da Abolição, mas precisa ampliar o arco de alianças colocando novas figuras no cenário que não seja as carimbadas de sempre.