Por Reginaldo Silva- professor, radialista e jornalista
A fusão do DEM e do PSL foi formalizada em convenção conjunta nesta quarta-feira (06/10), em Brasília. A decisão foi confirmada por unanimidade pelas executivas do PSL, enquanto no DEM, apenas o Rio Grande do Sul foi contrário. A junção dos dois partidos forma o União Brasil.
No Ceará, Capitão Wagner (PROS) estava de malas prontas para comandar o PSL, no Estado. O partido que era comandado pelo único parlamentar da sigla, Heitor Freire, milita no campo ideológico bolsonarista e faz oposição ao governador Camilo Santana e aos irmãos Ferreira Gomes, além de ser atrativo pelo tempo de rádio e fundo partidário generoso. Capitão Wagner estava se sentindo em casa na nova legenda.
Já o DEM cearense sempre contou com a liderança do político e empresário, Chiquinho Feitosa, ligado à família Ferreira Gomes. Hoje a sigla dá apoio e sustentação ao governador Camilo Santana.
Com a fusão, das duas siglas, DEM e PSL, cria-se uma indefinição de quem irá comandar o partido no Estado. Wagner que está chegando agora, ou Chiquinho Feitosa que já tem longa história com os Democratas.
Nesta terça-feira (06/10), o presidente do União Brasil, Luciano Bivar já negou solicitação do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, membro histórico dos Democratas, solicitando que a nova legenda apoiasse a reeleição de Bolsonaro. Bivar diz que não se pode antecipar uma questão que será debatida futuramente.
No Ceará, o deputado federal, Heitor Freire, não afirmou quem iria comandar a sigla, contudo, adiantou que ambos terão grande influência no partido. “Eu estou participando diretamente das tratativas para definir quem vai liderar, mas já adianto que os dois terão grande influência nos rumos da sigla aqui no Ceará”, ressalta o deputado federal Heitor Freire, integrante da Executiva nacional do PSL.
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