Brasil vai precisar de 10 milhões de profissionais de saúde e educação

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Um estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) afirma que o Brasil vai precisar de cerca de 4 milhões de professores, 1 milhão de médicos e 4,5 milhões de enfermeiros em 2040.

Chamado “Educação e Saúde: os setores do futuro?” e disponível em espanhol, o estudo projeta qual será a demanda futura de profissionais no que chama de setor social na América Latina.

Segundo a publicação, a região analisada necessitará de 10,3 milhões de professores, 2,4 milhões de médicos e 6,2 milhões de enfermeiros no final do período analisado. O resultado indica que o número de profissionais nessas áreas quase dobrará no período.

O crescimento dessas profissões é atribuído pelo BID à dificuldade para automatizar as atividades feitas por seus profissionais, ao envelhecimento populacional e ao potencial de aumento de matrículas no sistema educacional.

Segundo o BID, um terço dos professores e dois terços dos médicos da região que estarão ativos em 15 anos serão formados por pessoas que ainda não entraram no mercado de trabalho.

“Diante desta realidade, é importante assegurar que estes novos profissionais tenham as habilidades e a formação que necessitam para serem os professores, médicos e enfermeiros do futuro”, diz o estudo.

Para chegar aos resultados, foram analisadas diferentes variáveis. No caso da educação, entraram na conta dados como população em idade de estudar e número de crianças por professor. Já em saúde, levou-se em consideração a proporção de médicos em relação à população de idosos que existirá nas próximas décadas, assim como a proporção de enfermeiros por médico.

O estudo também analisa a evolução do emprego de professores, médicos e enfermeiros durante as últimas quatro décadas na América Latina e o Caribe.

Segundo a publicação, a diferença salarial em atividades de homens e mulheres ligadas à saúde e educação é menor do que em outros setores.

O estudo afirma que, na região, as mulheres com educação pós-secundária ainda ganham em média 28% menos que os homens. Por outro lado, em educação e saúde essa diferença é de aproximadamente 10%.

Além disso, as mulheres representam cerca de 75% da força de trabalho nesses segmentos.

De acordo com o BID, o número de profissionais de educação e saúde quadruplicou em quarenta anos e atualmente 11 milhões de pessoas trabalham como médicos, enfermeiros e professores na região analisada. (FolhaPress)

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